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Completando um mês no governo do Rio, Sérgio Cabral elogiou nesta quarta-feira o trabalho que a Força Nacional de Segurança está desenvolvendo no Estado. Ele negou que a Força Nacional tenha fracassado por não ter feito nenhuma grande apreensão até agora e disse que as tropas estão impedindo a entrada de armas e drogas no Rio. Em entrevista à rádio CBN, Cabral também afirmou que já autorizou a atuação da Força Nacional na região metropolitana do Rio.

- A presença da Força Nacional está gerando uma inibição na entrada de armas e drogas no Rio. No mês de fevereiro ela começa a entrar na região metropolitana para trabalhar conosco. É importante lembrar que ela tem sete mil homens e faz um trabalho complementar ao da Polícia Militar, que têm 39 mil homens.

Cabral disse ainda que não haverá cortes na educação. Na segunda-feira, o governo havia anunciado um redução de R$ 87 milhões no orçamento da Secretaria de Educação. Também fora reduzida a previsão de gastos de todas as universidades estaduais e escolas técnicas, inclusive da Uerj, que teve R$ 25 milhões cortados.

Cabral confirmou a promessa feita no início do governo de que a Saúde, a Educação e a Segurança não seriam afetadas pelos cortes de gastos e disse que a Secretaria de Educação vai recuperar a verba ao longo do ano.

- O Levy (Joaquim Levy, secretário de Fazenda) já divulgou nota ontem (na terça) dizendo que faremos revisões bimestrais na educação e esses recursos serão incorporados ao longo dos doze meses no ano. Na Uerj será a mesma coisa, os R$ 25 milhões serão reincorporados ao longo do ano.

Sobre a linha 3 do metrô, que não foi incluída no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) anunciado pelo governo federal na semana passada, Cabral disse que o trecho de Niterói será repensado porque o governo local é contrário à obra por ela passar pelo Caminho Niemeyer.

- O trecho será repensado porque os moradores, o prefeito e a Câmara de Niterói são contrários ao traçado original porque ele atravessa o Caminho Niemeyer. Vamos recuperar o ramal ferroviário de Niterói a Itaboraí numa espécie de pré-metro que não comprometa o traçado original. Não tenho uma previsão para o início das obras, mas posso garantir que ela começará neste ano. Vamos revitalizar a malha ferroviária o que garantirá o transporte diário de 150 mil pessoas - explicou o governador, lembrando que ainda pretende criar o bilhete único integrando metrô, trens, barcas e ônibus.Farpas ao casal Garotinho

Num balanço do início de governo, o governador Sérgio Cabral disse que encontrou a máquina pública desorganizada. Numa crítica aos ex-governadores Rosinha e Anthony Garotinho, Cabral afirmou que priorizou o critério técnico na escolha de secretários de áreas estratégicas como Saúde, Educação e Segurança.

- Encontrei uma máquina muito desorganizada, completamente desestruturada. Temos essa responsabilidade de reorganizar o serviço público. Por isso, como primeira medida, nomeei secretários qualificados que tivessem autonomia para montar a sua equipe e se debruçar sobre a tarefa de reorganizar a máquina. Despolitizamos essas áreas. O que não podia era transformá-las em instrumento político, o que acontecia em alguns casos e acabou.

Ao rebater as críticas do ex-governador de que ele estaria governando para a Zona Sul do Rio, Cabral lembrou que foi eleito por 5,2 milhões de eleitores em todo o Estado e que havia prefeitos do interior, como o de Campos, reduto de Garotinho, insatisfeitos com a antiga administração.

- Fui a Campos e a obra da ponte que está parada nós vamos terminar. Poremos R$ 12 milhões. Assumi o compromisso com o prefeito que reclamava da falta de atenção do estado. Não aceito isso. Tenho uma responsabilidade grande e trabalharemos para toda a população do Rio.

Mais cedo, Cabral e o secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, visitaram o Hospital Pedro Ernesto. Côrtes disse que planeja a criação de uma central de leitos e vai apurar as causas da morte da adolescente grávida que não foi atendida em quatro hospitais.

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