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O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, já está no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, onde dividirá cela com mais 22 presos.

Ele chegou à capital federal por volta das 8h, vindo do Presídio Federal de Mossoró (RN).

Segundo a Secretaria de Segurança do Distrito Federal, ele ficará no Centro de Detenção Provisória da Papuda, em uma área destinada a presos da Polícia Federal. Cachoeira ficará à disposição da Justiça por tempo indeterminado.

Segundo o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), ele veio em um voo comercial de Fortaleza, escoltado por policiais federais. O trajeto de Mossoró à capital cearense foi feito de carro.

Investigações da PF, por meio das operações Vegas e Monte Carlo sobre jogos de azar, indicam o envolvimento de agentes públicos e privados com o empresário. Há suspeitas de que empresários e políticos receberam dinheiro de Cachoeira para promover tráfico de influência a fim de, entre outras ações, aprovar propostas, no Congresso, que beneficiasse o setor. Mossoró

No presídio de Mossoró, Cachoeira ficava 22 horas trancado em uma cela sozinho sem ver ninguém. Tinha direito a apenas duas horas de sol por dia e conversava com as visitas por meio de um interfone sem ter contato físico.

De acordo com familiares, ele emagreceu 16 kg, teve o cabelo raspado e está deprimido. Chegou a passar mal e precisou ser atendido por médicos.

Cachoeira está preso desde 29 de fevereiro, quando a Polícia Federal deflagrou a Operação Monte Carlo. Segundo a investigação, o grupo de Cachoeira cometeu os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, entre outros, para sustentar uma máfia de jogos.

A Operação Monte Carlo envolve o nome de parlamentares, entre eles o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), um grupo de deputados e integrantes dos governos de Goiás e Distrito Federal. O Congresso protocolou ontem um pedido de CPI para investigar o caso.

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