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Em depoimento na CPI dos Bingos, o empresário do setor de jogos eletrônicos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, disse que ao final de todas as conversas o ex-assessor da Casa Civil Waldomiro Diniz pedia R$ 200 mil ou mais de propina. Depois, o senador Magno Malta (PL-ES) pediu a Cachoeira para traçar um perfil de Waldomiro:

- Resumindo, é uma pessoa dissimulada, que me achacou várias vezes - respondeu Cachoeira, ressaltando que Waldomiro em nenhum momento citou o nome do então ministro da Casa Civil, José Dirceu.

Cachoeira disse acreditar que o dinheiro recebido como propina por Waldomiro ficava com ele próprio e não se destinava ao financiamento de campanhas de políticos. Ele negou que Waldomiro tenha continuado a lhe extorquir dinheiro depois de 2002 - quando Diniz passou a integrar os quadros da Casa Civil.

Cachoeira afirmou que pode revelar o nome da pessoa que realizou as gravações, no Aeroporto de Brasília, que mostram Waldomiro Diniz cobrando propina.

No início do depoimento, o relator da CPI, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), pediu ao empresário que suspendesse a leitura de texto que o depoente havia levado à CPI. A medida se baseou no artigo 204 do Código de Processo Penal, que impede que o depoente traga documento escrito e proceda a sua leitura perante uma comissão parlamentar de inquérito.

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