O contraventor Carlinhos Cachoeira vai depor no dia 23 de maio no Conselho de Ética do Senado para esclarecer suas relações com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO). A data foi definida pelo Conselho que aprovou ontem o calendário de depoimentos no processo contra o senador goiano, suspeito de envolvimento no esquema de Cachoeira. Na reunião, também foi definido que Demóstenes será ouvido no dia 28.
Segundo o relator Humberto Costa (PT-PE), o regimento do Senado define que, nesse caso, Cachoeira terá de respeitar o convite, já que ele foi arrolado como testemunha no caso. Porém, ele poderá ficar calado. Costa ainda afirmou que no caso de Demóstenes, ele não é obrigado a comparecer, e pode ser representado pelo seu advogado.
Também foram aprovadas reuniões com o delegado federal Raul Alexandre Marques de Souza, responsável pela Operação Vegas, que depôs na terça-feira na CPMI do Cachoeira, e do delegado federal Matheus Mela Rodrigues, ambos no dia 15 de maio. Nesse mesmo dia, Cachoeira deverá prestar depoimento na CPMI que investiga suas relações com empresas e políticos.
Os depoimentos dos procuradores Daniel de Resende Salgado e Léa Batista de Oliveira, responsáveis pela investigação da Operação Monte Carlo, que falaram ontem na CPMI, estão marcados para o dia 16 de maio. Por fim, Ruy Cruvinel, testemunha indicada pelo próprio Demóstenes, deve falar aos membros do Conselho no dia 22.
Por decisão dos membros do Conselho, os depoimentos dos delegados e procuradores serão reservados, para que, segundo os senadores, eles não sejam processados por violação de sigilo funcional. O mesmo procedimento está sendo adotado pela CPMI do Cachoeira, o que tem gerado polêmica entre os parlamentares.
O senador Humberto Costa acredita que o processo estará finalizado no final de junho, para que seja votado pelo plenário do Senado antes do recesso parlamentar, que começará em 18 de julho.
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