Com o fim do prazo para troca de partidos, está aberta a partir de hoje a temporada das articulações políticas com vistas às eleições gerais de 1.º de outubro do ano que vem. Em Londrina, a disputa para a Assembléia Legislativa e para a Câmara dos Deputados terá um tempero especial em 2006: com exceção do prefeito Nedson Micheleti (PT), todos os demais "caciques" políticos deverão estar no páreo.
Já estão confirmados na disputa pela reeleição os três deputados estaduais André Vargas (PT), Barbosa Neto (PDT) e Elza Correia (PMDB) e dois dos federais Alex Canziani (PTB) e Luiz Carlos Hauly (PSDB). Além disso, há a pré-candidatura praticamente certa do secretário estadual do Meio Ambiente e ex-prefeito Luiz Eduardo Cheida (PMDB) à Câmara Federal.
Outras possibilidades são as candidaturas à reeleição dos deputados federais Paulo Bernardo (PT) e José Janene (PP). Bernardo está licenciado para exercer o cargo de ministro do Planejamento, mas se preferir a reeleição terá de deixar o cargo seis meses antes. Janene só poderá se candidatar se conseguir escapar do processo de cassação.
Na Câmara Municipal, 7 dos 18 vereadores já se dizem pré-candidatos: Gláudio Lima (PT), Jamil Janene (PL), Luiz Carlos Tamarozzi (PTB), Osvaldo Bergamin (PMDB), Roberto Kanashiro (PSDB), Paulo Arildo e Tercílio Turini (PPS). E ainda existe a possibilidade de o presidente Orlando Bonilha (PL) se candidatar.
Fora isso, a disputa poderá contar com o casal Emília e Antonio Belinati, ela pelo PFL e ele pelo PP. Um impedimento para Belinati seria a aprovação pela Câmara Municipal do parecer prévio do Tribunal de Contas (TC) que rejeita as contas do ex-prefeito em 2000. Caso isso ocorra, Belinati fica inelegível por 5 anos, mas tentará reverter a decisão na Justiça. Emília, que foi vice-governadora de 1995 a 2002, tentará uma vaga na Câmara dos Deputados.
Outra possibilidade entre as candidaturas de peso é a da reitora da Universidade Estadual de Londrina, Lygia Puppato (PT), que já foi vereadora, deputada estadual e secretária municipal. A tendência, se a reitora decidir mesmo enfrentar as urnas, é que ela concorra a uma vaga na Assembléia Legislativa.
Avaliação
A deputada estadual Elza Correia diz que a concorrência não a assusta. Ela garante que não fará campanha "olhando para a casa do vizinho". "Estou indo para a reeleição com a responsabilidade de uma parlamentar, que tem um mandato no qual fez muitas coisas e que pode continuar fazendo mais", afirmou.
Barbosa Neto acredita que as eleições de 2006 podem ser um "divisor de águas" na política londrinense. "Não sei se já tivemos assim uma variedade tão grande de candidaturas, que vai desde o populismo até a nata da intelectualidade. Está todo mundo querendo participar e isso é importante para a democracia."
O petista André Vargas acha que muitos que hoje se dizem candidatos não vão disputar as eleições. "Uma coisa é você decidir que vai sair candidato, outra coisa é você realmente ser". Ele diz não temer perder a disputa pela reeleição. "Eu derrotei três deputados em 2002", disse referindo-se aos ex-deputados de então Antonio Carlos Belinati, Moisés Leônidas e Luiz Carlos Alborgheti. "Sempre tive a segurança do trabalho que fiz em Londrina e fora da Cidade", avaliou.
Para a ex-vice-governadora Emília Belinati, o grande número de pré-candidatos é "bom" porque assim o eleitor terá "mais possibilidades". "A disputa é saudável e legítima. O importante é que cada um venha apresentar uma proposta, buscar seu espaço durante a campanha".
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