O líder do DEM, senador Ronaldo Caiado (GO), anunciou nesta sexta-feira (14) que ingressará com ações no Ministério Público Federal pedindo a abertura de inquérito pela incitação ao crime contra o presidente nacional da CUT, Wagner Freitas, que em discurso ontem nas dependências do Palácio do Planalto disse que os apoiadores da presidente Dilma Rousseff iriam defender o governo “Com armas na mão”. A assessoria jurídica de Caiado diz que o episódio se caracteriza como crime que se enquadra na Lei de Segurança Nacional.
Presidente da CUT pede “ida à rua com armas na mão” se tentarem derrubar Dilma
Leia a matéria completaO senador também encaminha nesta sexta três ofícios ao Ministério da Justiça pedindo segurança para garantir a integridade das manifestações de domingo, dia 16 de agosto (confira a agenda de manifestações pelo país). Para Caiado, essa segurança é necessária depois das declarações do presidente da CUT. O líder do DEM disse que os mesmos ofícios serão encaminhados a Procuradoria Geral da República (PGR) e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) como forma de garantir a proteção ao Estado Democrático de Direito.
O líder do DEM disse que Dilma tinha que ter reagido pedindo a prisão do sindicalista imediatamente. Ele pede que o Ministério da Justiça dê ciência a Polícia Federal para que esteja a par “das ameaças” e garanta a segurança das manifestações.
“Esta declaração do presidente da CUT é um atentado grave contra o Estado. O que mais impressiona é a presidente da República permitir isso dentro do Palácio do Planalto, sede do Executivo brasileiro. Dilma, no mínimo, deveria ter repreendido esse sujeito que ameaça a população e ter dado voz de prisão”, afirmou Caiado, acrescentando: “Não é possível que a presidente não tenha se dado conta da gravidade dessa declaração a poucos dias de um protesto que promete parar o país. Estou agindo em todas as frentes para que a população não tenha motivos para se amedrontar diante dessas ameaças. Cabe ao Estado garantir o direito de manifestações e a segurança dos brasileiros que irão às ruas.”
Após a repercussão negativa da declaração no evento no Planalto, o presidente nacional da CUT disse que houve um mal-entendido. Ele afirmou que não teve a intenção de incitar a violência, e que, no discurso, ao falar em armas, “usou uma figura de linguagem”.
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