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Para se livrar da indenização de R$ 500 mil a que foi condenada a pagar, a Caixa Econômica Federal (CEF) alegou à Justiça que a responsabilidade pelo vazamento dos dados do caseiro Francenildo dos Santos Costa, ocorrida em 2006, é do ex-ministro da Fazenda, Antônio Palocci (atual ministro chefe da Casa Civil) e do seu assessor de imprensa, Marcelo Netto, que teriam vazado o material para a imprensa.

Citando relatório da Polícia Federal sobre o caso, a Caixa assume que entregou os extratos da conta do caseiro ao ministro, mas garante não haver dúvida de que Netto, a serviço de Palocci, foi o responsável pela divulgação dos extratos da movimentação bancária do caseiro. A CEF, no documento, lembra ainda que "o domínio do fato [o sigilo da conta do caseiro] pertencia ao ex-ministro da Fazenda, apontado como mentor intelectual e arquiteto do plano, sobre o qual a Caixa não possui qualquer poder de mando".

Reabertura da investigação

É a primeira vez que a Caixa diz textualmente que a responsabilidade pelo vazamento é do gabinete do ex-ministro. A acusação, contida na apelação apresentada pela estatal à 4.ª Vara da Justiça Federal de Brasília, agrava a crise atual vivida por Palocci, acusado pela oposição de suspeita de enriquecimento ilícito.

Palocci foi inocentado pela Justiça no caso do caseiro. Mas, com as novas revelações, a oposição à presidente Dilma Rous­­seff decidiu pedir à Procu­­­radoria-Geral da República (PGR) a reabertura das investigações contra o ministro da Casa Civil.

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