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José Antonio Dias Toffoli na solenidade de posse como novo ministro do Supremo Tribunal Federal | Gil Ferreira/STF
José Antonio Dias Toffoli na solenidade de posse como novo ministro do Supremo Tribunal Federal| Foto: Gil Ferreira/STF

A Caixa Econômica Federal foi uma das patrocinadoras da festa oferecida em homenagem à posse de José Antonio Dias Toffoli como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no último dia 23. O banco teria colaborado com R$ 40 mil, segundo reportagem publicada na edição deste domingo (1º) do jornal "Folha de S. Paulo".

O valor teria sido repassado pela Caixa para a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), uma das entidades responsáveis pela organização da festa, realizada no Marina Hall, salão de festas localizado em área nobre de Brasília. De acordo com o jornal, a Ajufe pediu R$ 50 mil à Caixa, mas recebeu R$ 40 mil para organizar parte da festa que recebeu cerca de 1,5 mil convidados.

Segundo a reportagem, o juiz federal Luiz Cláudio Flores da Cunha, do 6º Juizado Especial Federal do Rio de Janeiro, pretende questionar no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Ministério Público Federal (MPF) a legalidade do patrocínio oferecido pela Caixa. O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Mozart Valadares, informou que a entidade colaborou com R$ 10 mil, "dinheiro de contribuições de associados, não público".

Procurado pelo jornal, o presidente da Ajufe, Fernando Mattos, informou que algumas entidades "fizeram repasse direto à Ajufe, outras fizeram o pagamento direto aos fornecedores, fato que desqualifica qualquer insinuação de uso da Ajufe como mera repassadora de recursos".

Já sobre o valor repassado pela Caixa, ele destacou que "qualquer informação sobre a participação da Caixa deve ser endereçada à própria instituição financeira".

Perfil

Aos 41 anos de idade, Toffoli poderá exercer a função de ministro do Supremo até 2037, quando completará 70 anos – idade em que a aposentadoria é compulsória. No governo Lula, ele trabalhou na Casa Civil entre janeiro de 2003 e julho de 2005, durante o período em que o ex-deputado José Dirceu ocupou o cargo de ministro. Com a saída de Dirceu do governo por conta das denúncias de envolvimento com o "mensalão", Toffoli assumiu a chefia da Advocacia-Geral da União.

Sua indicação para o cargo foi contestada pelas proximidade que tem com Lula – de quem foi advogado em campanhas eleitorais –, por sua falta de títulos acadêmicos – ele não tem mestrado e nem doutorado – e pela pouca idade.

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