O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), afirmou haver exagero na prisão de 38 pessoas na Operação Voucher da Polícia Federal (PF), que investiga fraudes no Ministério do Turismo. A bancada no Senado se reuniu nesta terça-feira (9) com a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti (PT-SC), e manifestou sua preocupação. "O PMDB colocou que considerou exagerado uma operação com 38 prisões relativas a um convênio de 2009, mas entendemos a legitimidade da operação", disse Calheiros.
O discurso do partido foi que as denúncias não atingem o atual ministro, Pedro Novais, indicado pelo PMDB. "O ministro não está sendo investigado", disse o líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR). "O ministro não é sequer suspeito", reiterou Calheiros. O líder peemedebista afirmou ainda que não se pode "partidarizar" a operação e lembrou que pessoas ligadas ao PT também estão entre os presos. "Não é correto partidarizar. Eu não conheço os fatos, mas nem o PMDB nem o PT estão imunes à investigação", afirmou.
Ao chegar para a reunião, a ministra de Relações Institucionais já tinha dado declarações no mesmo tom ao lembrar que foram presos pessoas com ligações com partidos, "no plural". Ideli também defendeu Novais. Ela disse ter sido surpreendida pela operação e afirmou que, pelo que sabia, a presidente Dilma Rousseff também não tinha conhecimento prévio da investigação. Após a reunião, a ministra saiu sem conversar com jornalistas.
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