Os vereadores de Curitiba vão eleger na próxima terça-feira pela manhã a nova mesa diretora para o biênio 20072008. A eleição normalmente é realizada em dezembro, mas o presidente da Casa, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), adiantou o processo, publicando um edital de convocação das eleições. Com a nova data, partidos com pouca representatividade na Câmara perdem tempo para articular alianças para conseguir cargos mais importantes.
Derosso deve se manter no cargo, que ocupa desde 1997. A eleição da presidência deve ocorrer sem disputa, já que o PSDB tem a maior bancada, com oito vereadores. O único nome que teria forças hoje para enfrentar o atual presidente seria o líder do prefeito, Mário Celso Cunha (PSDB). Mas ele afirmou ontem que jamais pensou em disputar a eleição contra Derosso. "Além de nossa amizade de muitos anos, estou satisfeito com o atendimento por parte da presidência", disse.
Sem a articulação dos partidos pequenos, Derosso poderá montar uma chapa de sua confiança. O PT, único partido que faz oposição ao prefeito na Câmara, não pretende negociar espaço na chapa oficial, nem montar um grupo adversário.
Essa é uma das legislaturas que tem uma das maiores bancadas de situação. Dos 38 vereadores, apenas os três petistas e, eventualmente, Paulo Salamuni (PV), votam contra a orientação da prefeitura.
Mas se a presidência já tem dono, outros dois cargos estão sendo disputados pelos partidos. A posição mais desejada é a primeira secretaria, que administra, ao lado do presidente, as finanças do parlamento municipal. Outro posto pretendido é a vice-presidência, que comanda as sessões parlamentares em caso de ausência do presidente. Como a presidência demanda compromissos externos e audiências na Casa, o número de sessões comandadas pelo vice é grande durante o ano.
Se depender do PSDB, a primeira secretaria também fica com o partido, ocupada por Celso Torquato. Ao PDT, que tem a segunda maior bancada, com quatro parlamentares, ficaria a vice-presidência. Dentro do PDT, quem disputa a vaga é Tito Zeglin e Jairo Marcelino.
O atual vice-presidente, Jair César (PTB), só teria chance de continuar com uma boa posição na mesa executiva se juntar forças com outros partidos com menor representatividade. Assim como o PTB, PCdoB, PSB, PRTB e PSC também têm só uma cadeira cada. O PPS e PV, cada um com três vereadores, negociam para conseguir a primeira secretaria.
O PT só aceitaria participar se tivesse um desses principais cargos à disposição, mas deve mesmo ficar de fora do processo. "O que esperamos é que Derosso monte a comissão que vai discutir a reforma no regimento interno da Câmara, que entre outros pontos pode discutir o fim da reeleição, do voto secreto e o recesso parlamentar", diz o vereador André Passos.
Sorteio
Enquanto as negociações para a composição da chapa continuam, há quem defenda saídas originais para a escolha dos nomes. O vereador Valdenir Dias (PMDB), que está chamando o processo de "Chapa Camarão" (já que a cabeça está fora de cogitação), propõe um sorteio entre os nomes indicados pelos partidos para compor a mesa. "Cada partido vai colocar os nomes e então se faz o sorteio. Não existe processo mais democrático", diz Dias. A chapa deve ser fechada na segunda-feira e no mesmo dia deve ser recebida para um almoço com o prefeito Beto Richa.
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