![Câmara aprova DRU para Planalto gastar R$ 62 bi como quiser Ideli Salvatti: ministra lidera cronograma de aprovação da DRU | Fábio Rodrigues Pozzebom/ ABr](https://media.gazetadopovo.com.br/2011/11/509a94c461e43588ce4c2b919585aeb9-gpLarge.jpg)
O governo conseguiu aprovar ontem o texto básico da proposta de prorrogação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 2015, em segundo turno, no plenário da Câmara. O placar registrou 364 votos a favor, 61 contrários e 2 abstenções. Os partidos da base votaram a favor, assim como o novo PSD. Ficaram contra a proposta o DEM, o PSDB e o PPS.
A DRU permite ao governo separar 20% das receitas para aplicar como quiser, livre das vinculações obrigatórias, e perderá a validade em 31 de dezembro. Assim como aconteceu na votação em primeiro turno, a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, ficou no gabinete do presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), acompanhando a votação.
Com a aprovação na Câmara, a batalha do governo se transferirá para o Senado. O governo precisa aprovar a proposta de emenda constitucional em dois turnos na Casa antes do recesso, que começa no dia 23 de dezembro. A estratégia do governo é anexar a proposta a uma outra de texto igual, apresentada pelo líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), para cortar caminho.
A votação da DRU foi precedida pela liberação de recursos para obras nos municípios que entraram no Orçamento por meio de emendas parlamentares. Até a votação, o governo não vinha cumprindo a promessa de liberar o dinheiro das emendas. Na sexta-feira passada, o governo reservou R$ 6 bilhões de recursos orçamentários do total de R$ 11,9 bilhões liberados pela equipe econômica para o Executivo para o pagamento das emendas. O Ministério do Planejamento liberou R$ 12,1 bilhões para os três Poderes.
O governo argumenta que a DRU é necessária para permitir liberdade para gastar em investimentos prioritários, equilibrar as contas fiscais e ter instrumentos para enfrentar a crise econômica internacional. De acordo com dados do governo, a aprovação da proposta permitirá a desvinculação de recursos da ordem de R$ 62,4 bilhões, contribuindo para viabilizar o superávit primário de R$ 71,4 bilhões, fixado como meta para o próximo ano.
A oposição decidiu condicionar um acordo para não obstruir a votação no Senado. "Não criaremos dificuldades para a DRU, mas não facilitaremos se não deliberarmos, primeiro, a Emenda 29", disse o líder do PSDB, senador Alvaro Dias.
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