Decisão sobre salário de Dilma Rousseff ainda depende do Senado.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Sob intenso ataque da oposição a Dilma Rousseff, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira (24) o projeto do governo que reduz em 10% o salário da presidente da República, do vice e dos ministros de Estado.

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A medida foi chamada de “palhaçada”, “demagogia”, “engodo” e “falta de vergonha” por deputados do PSDB, PPS e DEM, entre outras qualificações. “Dilma, o Brasil não quer você nem de graça”, resumiu o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG).

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O texto, que ainda tem que ser votado pelo Senado, reduz o salário da petista e de seus auxiliares de R$ R$ 30.934 para R$ 27.841. Segundo o governo, a economia anual é de R$ 1,69 milhão ao ano.

Em linhas gerais, a oposição afirmou que a medida de Dilma tem o objetivo de jogar para a plateia e vai na contramão do caráter perdulário de sua gestão.

“Tenha paciência com o povo brasileiro, é evidente que o PSDB não vai votar contra, mas é preciso escancarar essa falta de vergonha, essa palhaçada”, disse o deputado Daniel Coelho (PSDB-PE). “Um governo que não tem um mínimo de austeridade, um governo gastador, evidentemente que isso beira ao ridículo”, reforçou Roberto Freire (PPS-SP).

O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), foi um dos poucos a sair em defesa da petista.

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“Quem achar que o governo está fazendo demagogia que vote contra. Todos estão votando sim porque acham que o projeto é importante. Olhe para os Estados de vossas excelências, vejo jatinho pra cá, jatinho pra lá. Por que não votam contra?”, rebateu.