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Jair Bolsonaro: relator alegou direito à liberdade de expressão | Saulo Cruz/Ag. Câmara
Jair Bolsonaro: relator alegou direito à liberdade de expressão| Foto: Saulo Cruz/Ag. Câmara

O Conselho de Ética da Câmara arquivou ontem a representação contra o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ). Ele foi acusado pelo PSol de fazer declarações preconceituosas contra negros e homossexuais.

A decisão do conselho encerra o processo. No dia 29 de junho, por dez votos a sete, os deputados já tinham rejeitado a representação.

O relator do processo, Sérgio Brito (PSC-BA), havia recomendado pelo prosseguimento da representação, mas venceu o voto em se­­­parado de Onyx Lorenzoni (DEM-RS). A maioria dos integrantes do colegiado entendeu que Bolsonaro tem o direito de expressar a sua opinião por ser parlamentar.

Segundo o deputado democrata, "as prerrogativas constitucionais são as garantias para funcionamento do Legislativo. A inviolabilidade do mandato assegura a democracia".

O caso

A representação contra Bol­­­sonaro diz que ele foi racista ao responder uma pergunta feita pela cantora Preta Gil, durante o programa "CQC", da TV Band, em março. Ao ser questionado sobre qual seria a reação dele se seu filho se apaixonasse por uma negra, o parlamentar respondeu: "Preta, não vou discutir promiscuidade com quem quer que seja. Eu não corro esse risco e meus filhos foram muito bem educados. E não viveram em ambiente como lamentavelmente é o teu".

Outro fato citado na representação é a briga entre Bolso­­­na­­­ro e a senadora Marinor Brito (PSol-PA), na Comissão de Direitos Humanos do Senado, em maio deste ano. Após a retirada do projeto que criminaliza a homofobia da pauta de votação, enquanto a relatora da proposta, Marta Suplicy (PT-SP), concedia entrevista à imprensa, Bolsonaro exibiu um panfle­­­to contra a ampliação dos direitos dos homossexuais, o que irritou Marinor, que chegou a bater na mão do deputado.

Marinor tentou impedir que Bolsonaro exibisse o panfleto e o chamou de homofóbico, o que resultou em discussão.

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