A Câmara Municipal de Bocaiúva do Sul região metropolitana de Curitiba cassou o mandato da prefeita Lindiara Santana Santos (PDT) na manhã de ontem por acusação de gastos irregulares, despesas não justificadas e fraude em licitações. O vice-prefeito, Ademir Costacurta, deve assumir a prefeitura, que está em recesso até o dia 2 de janeiro. Seis dos nove vereadores votaram pela cassação.
A comissão parlamentar foi aberta em setembro, com diversas acusações, como compra de comida para festa de fim de ano (2005) sem licitação, compra irregular de equipamentos para tratores, além de ter impedido o trabalho de fiscalização do Legislativo, não permitindo que vereadores investigassem as contas de sua administração. Durante a sessão de ontem, os vereadores ainda citaram o uso de dinheiro público para abastecer carro particular e liberação de carro oficial para buscar um filho do marido e ex-prefeito do município, Élcio Berti, em Minas Gerais.
A prefeita diz que está tranqüila e afirma que até o fim do recesso da prefeitura conseguirá uma liminar para voltar ao cargo. "Os nove vereadores sabem que eu sou inocente, mas houve muito conchavo e eles conseguiram a maioria. Fui acusada sem provas e mesmo assim respondi a cada uma das acusações. Agora ficarei aguardando o resultado do mandado de segurança", diz Lindiara Santos. A advogada da prefeita entrará com recurso na manhã de hoje.
No ano passado, a Câmara de Bocaiúva abriu um procedimento similar, mas a comissão foi extinta sem conclusão. Neste ano, de acordo com a prefeita, desde que foi instalada a comissão, a prefeitura deixou de prestar favores administrativos antes concedido aos vereadores, o que teria abalado ainda mais seu relacionamento com os parlamentares.
Os vereadores já estavam em recesso, mas a sessão extraordinária foi marcada porque a prefeita não compareceu à sessão da semana passada, justificando problemas de saúde. Os seis votos representam dois terços necessários para a aprovação do afastamento da prefeita.
Costacurta não assumiu a prefeitura ontem. Ele também sofre as mesmas acusações, mas a sessão que irá decidir sobre o futuro dele só será realizada em fevereiro, na volta dos trabalhos da Câmara.
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