O presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), afirmou ontem que se as denúncias contra o ministro Carlos Lupi (PDT) forem reais, poderá cobrar o dinheiro irregularmente pago pela Casa. Segundo denúncia divulgada neste fim de semana, Lupi teria sido "funcionário fantasma" da Câmara durante seis anos, entre 2000 e 2006.
"Vamos tomar providências. Se houve conduta irregular na época, pode caber processo, ressarcimento ou coisa dessa natureza", afirmou o presidente da Câmara à imprensa. O salário de um Cargo de Natureza Especial (CNE), como o que era ocupado por Lupi, é de aproximadamente R$ 12 mil. Em seis anos, o total pago seria de R$ 864 mil.
De acordo com a denúncia, o atual ministro foi assessor da bancada do PDT na Câmara em Brasília. No entanto, durante todo esse tempo, Lupi morou no Rio de Janeiro, atuando como vice-presidente e depois como presidente nacional do PDT. Questionado sobre o tema, Lupi disse que "às vezes" comparecia à liderança do PDT.
O PPS, que faz oposição ao governo de Dilma Rousseff, afirmou que pedirá uma sindicância na Câmara. Além disse, o partido afirmou que entrará com uma representação para que o Ministério Público Federal investigue possíveis irregularidades no contrato de Lupi com o Legislativo.
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