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O vice-prefeito Demétrio Vilagra (PT) deve assumir na terça-feira a Prefeitura de Campinas (SP) no lugar do prefeito cassado, Dr. Hélio (PDT), empenhado em articular uma base política que garanta sua manutenção no cargo. Já foi pedida na Câmara Municipal instalação de Comissão Processante (CP) para cassar o mandato do petista. Hoje, estima-se que menos da metade dos 33 vereadores estaria favorável à abertura de um novo processo de impeachment - são necessários dois terços dos votos para a cassação.

O líder do PT na Câmara Municipal, Ângelo Barreto, afirmou que o partido está preparado para defender Vilagra da proposta de uma CP. "O Demétrio foi envolvido, não se envolveu. Se tiver partido político tentando antecipar as eleições, estaremos preparados."

Vilagra está entre os acusados pelo Ministério Público Estadual dos supostos crimes de formação de quadrilha, corrupção passiva e fraudes em licitações. A Justiça decretou por duas vezes a prisão do petista neste ano, posteriormente revogadas. Ele chegou a ser detido ao retornar de uma viagem à Espanha.

"Caso haja algum problema com o requerimento, do ponto de vista jurídico, e ele não seja levado adiante, o PSDB não vai ficar inerte", avisa o vereador tucano Artur Orsi, autor do pedido que levou ao impeachment de Dr. Hélio.

O vice-prefeito informou ontem, via assessoria, que não se manifestará antes de assumir o cargo. O pedido de instalação de uma CP contra Vilagra foi protocolado pelo presidente do PSOL de Campinas, Paulo Búfalo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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