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A Câmara Municipal de Curitiba vai realizar concurso para 115 vagas, de assessor jurídico a médico. O Legislativo municipal não realiza concurso desde 1991. Atualmente a Câmara tem 213 funcionários efetivos e 480 comissionados, num total de 693 servidores. As inscrições estão encerrada e as provas serão feitas dia 2 de dezembro.

Segundo o presidente da Câmara, vereador João Cláudio Derosso (PSDB), 60% das vagas – aproximadamente 70 – serão preenchidas já no próximo ano. As restantes irão sendo ocupadas gradativamente, conforme forem se aposentando os servidores da Casa.

O vereador disse que foi feito um cálculo para saber quantos servidores irão se aposentar nos próximos cinco anos. "A partir desse planejamento incluímos também os cargos que deverão ficar vagos por causa de aposentadorias, assim não será preciso fazer outro concurso nos próximos anos", disse Derosso. O concurso é válido por dois anos, podendo ser prorrogado por outros dois.

A diretora do departamento jurídico da Câmara, Waléria Cristina de Oliveira Maida, afirmou que entre os primeiros cargos a serem preenchidos estão os de analistas de sistemas, de assessor jurídico, telefonista e taquígrafo. Do total de vagas, 5%, ou seja 6 delas, são destinadas a portadores de necessidades especiais.

Segundo Waléria Maida, quase 15 mil candidatos participarão do concurso. Ela afirmou que o Instituto OPET, que é responsável pelo concurso, ainda está conferindo o número exato de inscrições. Mesmo com os dados ainda não consolidados, a última contagem indicou que o cargo mais procurado foi o de técnico-administrativo – 7299 pessoas disputam 62 vagas. Por sugestão da bancada do PT, um pedido de informações sobre o concurso público foi aprovado por unanimidade pela Câmara. A líder da bancada, Professora Josete, afirmou que não há suspeitas de irregularidades. "Queremos ter esclarecimentos sobre o número de inscritos, arrecadação total e os critérios de escolha para a realização do concurso", disse.

O primeiro-secretário da Câmara, Celso Torquato (PSDB), disse que estranhou o pedido porque já havia dado explicações verbais aos vereadores. Para garantir a transparência, segundo Torquato, o concurso público contará com a atuação fiscalizadora do Ministério Público. Ele e alguns vereadores proibiram parentes de participarem do exame para evitar que houvesse comentários maldosos. Os vereadores demitiram os parentes lotados nos gabinetes, na metade do ano, por pressão do Ministério Público.

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