A Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, adiou novamente a votação de projeto de emenda à Lei Orgânica do município, que pretende aumentar o número de vereadores da cidade. A proposta, que passa o número de representantes de 15 para 21 parlamentares, iria ser discutida e votada nessa quinta-feira (24). Dezenas de pessoas acompanharam a sessão para pressionar os vereadores a rejeitarem o aumento. Pressionado, o vereador e autor da proposta, Hermógenes de Oliveira (PMDB), pediu vistas procedimento para analisar melhor um projeto. Com isso, a análise da ideia foi prorrogada. A previsão é que o projeto de lei possa voltar a pauta de votação em dezembro.
Com cartazes e narizes de palhaço, o grupo de populares lotou o plenário da Câmara Municipal. A intenção de aumentar o número de vereadores movimentou a cidade nos últimos dias. Embora não haja impedimento legal para mudar o número de vereadores de Foz, parte da população é contra a ideia. Tanto que um grupo composto por seis entidades de classe do município enviaram um manifesto à presidência da Câmara solicitando a retirada da proposta até que o assunto seja debatido com a população. O pedido não foi atendido.
Durante a sessão dessa quinta, o vereador Hermógenes de Oliveira defendeu o projeto com base na questão da representatividade. A emenda à Lei Orgânica foi apoiada por 12 dos 15 vereadores, que subscreveram a proposta. Para Oliveira, o aumento de seis vereadores poderia refletir positivamente para o município. Ele alegou que a alteração não mudaria o orçamento da casa. "Tem muita coisa a ser cortada, quem vai ganhar é a população. Se provar que teremos mais representatividade com menos dinheiro, não tenho dúvida alguma que volto com o projeto", afirmou.
O vereador Nilton Bobato (PC do B), um dos que não assinou o projeto, declarou que é preciso saber com exatidão qual será o impacto financeiro que Câmara teria com este aumento. "Sou contra porque antes de discutir o número de vereadores, deveríamos discutir quanto custa a Câmara. Você pode aumentar o número de pessoas, mas não vai necessariamente mudar a forma de representação", argumentou.
Os vereadores que também não assinaram o projeto foram Anice Gazzoui (PT) e Dilto Vitorassi (PV). Durante a sessão o vereador Paulo Rocha (PSB) alegou que "em respeito aos eleitores" também iria retirar seu nome da proposta. Para Dilto Vitorassi os gastos atuais do legislativo iguaçuense são exorbitantes e precisam ser avaliados. "Se quiserem aumentar os vereadores, que diminuam os gastos. Não podemos ter mais gente ganhando altos salários aqui nos corredores sem fazer nada", disparou o vereador.
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