A sugestão apresentada pelo segundo secretário da Câmara de Vereadores de Curitiba, vereador Reinhold Stephanes Júnior (PMDB), para romper o contrato com o Banco Itaú e adotar um banco público, não foi acatada pela direção da Casa. A idéia do vereador era seguir o exemplo do governo estadual.
A Câmara de Curitiba e a Assembléia Legislativa renovaram os contratos em 2005. O acordo entre a Assembléia e o banco aconteceu no início do ano e o legislativo municipal, em outubro.
Para manter os clientes, o Itaú se comprometeu a modernizar o parque de informática de ambas casas. A negociação para manter os recursos de aproximadamente R$ 860 milhões do Legislativo Estadual não foram revelados. Na Câmara, que tem um orçamento de R$ 60 milhões, serão 50 computadores e 40 impressoras para serem distribuídos entre gabinetes dos vereadores e o setor administrativo.
O início da parceria dos órgãos governamentais aconteceu quando o conglomerado financeiro comprou o Banestado no final da década de 90. Com a venda do banco estadual, as contas das Câmaras Municipais, prefeitura, Assembléia e do governo migraram todas juntas para o Itaú.
Stephanes Júnior (PMDB) fez consultas sobre a possibilidade de mudanças no departamento jurídico da Câmara. Mas a decisão passa pelo presidente da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB), e o 1.º secretário, Fábio Camargo (PFL). "De preferência a Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil", defende Stephanes.
O peemebista admite que na proposta também pesa o fato do banco estar movendo ações contra o governo do Paraná pelo rompimento do contrato. Após as festas, Stephanes pretende sugerir ao prefeito Beto Richa para a prefeitura aderir à cruzada contra o Itaú, retirando os impostos e as contas dos servidores. "O orçamento da prefeitura é de R$ 2,6 bilhões e seria um baque grande", opina Stephanes.
O vereador explica que vai entrar em contato com outras empresas para tentar os mesmos benefícios. "Normalmente, quando um banco assume uma conta pública com tantos recursos como a Câmara e a prefeitura, eles podem fazer concessões. Quero saber se o Banco do Brasil e a CEF podem dar regalias, como por exemplo, modernizar os computadores da Câmara e as condições para uma política de juros melhores para os servidores", acrescenta.
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