A Câmara dos Deputados decidiu nesta segunda-feira (16) que irá votar em plenário um projeto que desestimule a prática de trotes violentos nas universidades brasileiras. Existem na Casa pelo menos 16 propostas que buscam um tratamento mais rigoroso aos responsáveis por essa prática. As informações são da Agência Câmara.
O deputado Flávio Dino (PCdoB-MA) conclui um novo texto para ser votado, em caráter de urgência, no plenário, com base nessas propostas.
O projeto mais antigo sobre o trote violento tem 14 anos e está pronto para ser votado em plenário. No entanto, o que é visto como o mais provável de ser apreciado é um projeto que torna os dirigentes de instituições de ensino superior corresponsáveis pela recepção dos novos alunos. A proposta permite ainda que as universidades estabeleçam sanções contra a prática do trote violento.
Criminalização
Segundo o líder do PSDB, deputado José Aníbal (SP), o objetivo não é criminalizar o trote, mas aprovar uma proposta que estimule outros tipos de manifestação de acolhimento aos novos universitários.
Também se pretende interditar práticas violentas, como a que ocorreu na semana passada no município paulista de Santa Fé do Sul, onde estudantes, uma delas grávida de três meses, foram queimados por uma substância química durante o trote.
"Isso [a criminalização] já existe. Toda vez que você fere uma pessoa, submete ela a situação vexaminosa, já é crime", disse o líder dos tucanos.
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