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A Câmara escolhe nesta quarta-feira (21), em votação secreta, o novo ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). A reta final da campanha foi marcada pela movimentação ostensiva da cúpula do PSB e de integrantes do governo de Pernambuco, que abandonaram Recife e montaram uma espécie de QG (quartel general) em Brasília para trabalhar pela candidatura da líder do PSB, deputada Ana Arraes (PE).

Além do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PE), há dois meses em campanha aberta para eleger a mãe candidata, também estavam pedindo votos em Brasília ontem o vice-governador João Lyra, dois secretários de Estado e o presidente de uma empresa pública pernambucana.

Teve parlamentar pernambucano que recebeu telefonema até de empreiteiro que contribuiu para a campanha dele. Por solicitação do governador, o empresário pedia voto a Ana Arraes. Foi neste cenário que.

A despeito da fartura de candidatos para disputar o voto dos 513 deputados, líderes de partidos governistas e de oposição avaliam que a disputa está polarizada entre duas candidaturas: a da Ana Arraes e a do ex-presidente da Câmara Aldo Rebelo (PC do B-SP).

A sabatina dos candidatos na Comissão de Finanças serviu de palco para a exibição de força dos partidários de líder do PSB. Ana Arraes era a única candidata cujos seguidores ostentavam adesivos e botons com seu nome para o TCU. Para bancar as despesas da campanha - também foram produzidos banners que só serão expostos hoje - 34 deputados (32 da bancada do PSB e mais dois pernambucanos de outras siglas) doaram R$ 500 reais cada um.

No PMDB do candidato Átila Lins (AM), a pressão foi grande a ponto de tirar força política de uma opção vista até ontem como ‘muito competitiva’ pelos próprios adversários. Ao final do dia, alguns peemedebistas ensaiaram uma operação no bastidor para negociar a renúncia de Lins para evitar o desgaste do próprio partido, já que boa parte da bancada estava dividida entre as candidaturas de Aldo e Ana. Não sem razão, amigos do governador pernambucano temem que ele tenha exagerado na dose da campanha.

A queixa da ‘pressão desmedida’, antes restrita aos concorrentes da socialista, espalhou-se ontem pelo plenário, despertando irritação em várias bancadas. A avaliação geral é de que Aldo Rebelo pode acabar se beneficiando da reação à ‘campanha agressiva’ em favor de Ana Arraes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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