Senado

Custo da praça de alimentação será de R$ 2 mi

No próximo dia 9 de fevereiro, uma semana depois do retorno dos senadores a Brasília, será feita licitação para construir uma praça de alimentação no Senado, com restaurantes e lanchonetes. A obra – antiga reivindicação dos servidores – custará quase R$ 2 milhões, segundo o edital divulgado ontem no Diário Oficial da União. A previsão é de que o novo espaço, entre 800 e 1.000 metros quadrados, seja inaugurado antes de julho.

Além disso, o Senado já tem a previsão de compra de alimentos destindos para a presidência da Casa para todo o ano de 2010. O edital de licitação prevê a aquisição de 5 toneladas de carne, frango, frutos do mar e linguiça para o consumo da residência oficial da presidência da Casa. Nesta cesta, entram 360 quilos de filé mignon, 540 de picanha e 240 de camarão. Os 5 mil quilos são suficientes para um churrasco com 12,5 mil pessoas. Detalhe: o presidente José Sarney (PMDB-AP) não mora na casa. Ele vive em sua residência particular, na mesma região.

Como Sarney não mora na residência, a compra será feita, segundo o edital de licitação, para "realização de reuniões, almoços e jantares para os participantes convidados pela Presidência (do Senado)".

Agência Estado

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Os gastos com o pagamento de horas extras da Câmara dos De­­­­putados aumentou 64,4% em 2009 em relação a 2008. Foram R$ 44,4 milhões no ano passado, contra R$ 27 milhões em 2008 – uma diferença de R$ 17,4 milhões.

As informações foram divulgadas ontem pela assessoria de imprensa da Casa – apenas um dia após ter se tornado pública a informação de que o Senado também gastou mais em 2009 com horas extras em relação a 2008 (R$ 87,6 milhões contra 83,9 milhões).

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A Câmara alega que o crescimento do pagamento de horas extras aconteceu principalmente devido ao maior número de sessões extraordinárias – aquelas realizadas fora do período normal de votações. Foram 74 no ano passado contra 52 um ano antes. A interpretação do presidente da Câmara, deputado Michel Temer (PMDB-SP), que determinou que medidas provisórias não barrassem mais as votações de outras propostas, também foi mencionada como justificativa para o aumento.

Além disso, a Câmara argumenta que o aumento das horas extras aconteceu porque 2008 foi um ano eleitoral, quando normalmente os congressistas estão envolvidos em campanha nas suas bases e, por consequência, há me­­­­nos sessões de votação no plenário. Naquele ano, 92 deputados (de um total de 513) disputaram uma cadeira de prefeito ou de vice nas eleições municipais.

Comparando com 2007, (gastos de R$ 39,7 milhões), no entanto, ano pré-eleitoral assim como 2009, também verifica-se um crescimento, de cerca de 11,8% ou R$ 4,7 milhões. Neste período, grande parte dos trabalhos dos deputados foi inviabilizado devido a batalha entre a base aliada do governo e a oposição em torno da CPMF (Con­­­tribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), que acabou sendo derrubada.O presidente anterior a Temer, deputado federal Arlindo Chi­­­naglia (PT-SP), era conhecido en­­­tre seus colegas por terminar as sessões pontualmente às 19 h, evitando o pagamento da hora adicional de­­­pois disso. Nenhum dos dois foi localizado para co­­­mentar o assunto.