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Com voto secreto em plenário, a Câmara julga nesta quarta-feira os pedidos de cassação dos mandatos dos deputados Roberto Brant (PFL-MG) e Professor Luizinho (PT-SP). Com grandes chances de absolvição, Brant terá seu processo votado primeiro e por isso, acredita-se que Luizinho estaria em desvantagem por ter seu processo votado em seguida.

Entre os cinco petistas que estão sob processo, o ex-líder do PT teria as maiores chances de ter o mandato preservado, não fosse julgado logo após uma possível absolvição. Embora não tenha vingado a proposta de alguns petistas de fazer uma votação simultânea dos processos, para impedir que o resultado do primeiro, influenciasse o do segundo, uma mudança de agenda na última hora pode favorecer Luizinho.

O mineiro Roberto Brant, que foi ministro da Previdência no governo Fernando Henrique, entrou na lista de cassações com a confirmação de que a doação de R$ 150 mil da Usiminas, em agosto de 2004, para sua campanha à prefeitura de Belo Horizonte, foi repassada pela SMP&B de Marcos Valério. Em sua defesa, Brant chegou a negar que, apesar de o recurso ter sido para cobrir gastos de campanha, tenha usado dinheiro para essa finalidade. Isso o livraria da acusação de caixa dois, já que não prestou conta do dinheiro à Justiça Eleitoral. Em depoimento no Conselho de Ética, o deputado admitiu que usou o recurso para pagar gastos de propaganda eleitoral partidária, porém antes do início da campanha, o que, segundo ele, não caracterizaria caixa dois. O argumento não convenceu o relator.

Já o ex-líder do PT na Câmara chegou a negar envolvimento com o mensalão, alegando que o homem listado como um dos sacadores da conta de Marcos Valério no Banco Rural seria um homônimo de seu assessor. Mas o deputado acabou admitindo que foi mesmo seu assessor José Nilson dos Santos quem sacou R$ 20 mil da conta da SMP&B Comunicação, em dezembro de 2003.

Em setembro do ano passado, na tentativa de comprovar que não usou o dinheiro para gastos pessoais, Luizinho apresentou à polícia declarações de pessoas que teriam prestado serviço na campanha eleitoral de alguns de seus aliados políticos. Durante a votação do Conselho de Ética que aprovou a cassação de seu mandato, o deputado emocionou-se ao citar a mãe, negou ter mentido e afirmou que não deu autorização ao ex-assessor José Nilson para receber os R$ 20 mil do valerioduto.

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