A Mesa da Câmara está patrocinando uma mudança na estrutura da Casa para aumentar as indicações de apadrinhados políticos, esvaziando a composição de órgãos técnicos da Casa. Como a regra estabelece que a distribuição dos cargos sem concurso público para os gabinetes das lideranças é proporcional ao tamanho das bancadas eleitas, um artifício contábil foi criado para compensar os partidos que diminuíram de tamanho, como o PMDB, e não querem repassar os postos para os partidos que aumentaram.
Os salários desses cargos, conhecidos por Cargos de Natureza Especial (CNEs), variam de R$ 2.603 a R$ 12 mil, considerando as gratificações. Para fechar a conta, além da transferência dos cargos, o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), cortou parte das funções gratificadas, que são remunerações destinadas aos servidores concursados que ocupam postos de chefia. No projeto, que está na pauta de votação desta terça-feira (21), a Mesa da Câmara considera que essas medidas compensarão o aumento em torno de R$ 3,6 bilhões com os cargos para as lideranças partidárias.
A parte administrativa da Casa vai manter 90 dos 156 cargos destinados a diretorias e secretarias da Casa, departamentos de finanças, de orçamento, de comissões, de informática e para formação de servidores. Alguns desses cargos são usados quando é preciso contratar algum serviço especializado, mas que não seja necessário manter o funcionário permanentemente, o que exigiria concurso público.
Nas bancadas, os cargos de livre nomeação são muitas vezes usados como moeda de troca por apoio nas eleições para líder e para a presidência da Casa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Vaccari, Duque e Cabral estão na fila do STF para se livrar de condenações
Pragmatismo não deve salvar Lula dos problemas que terá com Trump na Casa Branca
EUA derrotam progressistas e mandam alerta para Lula e o PT
Bolsonaro atribui 8/1 à esquerda e põe STF no fim da fila dos poderes; acompanhe o Sem Rodeios