Adeus, Legislativo
Paulo Frote renuncia ao mandato de vereador de Curitiba
Da Redação
O vereador de Curitiba Paulo Frote (PSDB) renunicou ontem ao cargo na Câmara Municipal. Ao telejornal Paraná TV 2ª edição, da RPC TV, o parlamentar disse que deixaria o cargo por motivos pessoais. Com a renúncia, quem assume a vaga no Legislativo municipal é Edson do Parolin, primeiro suplente do PSDB. A reportagem tentou entrar em contato com o vereador , mas ele não atendeu às ligações.
Frote vinha dando sinais de que poderia não disputar a eleição deste ano. Em 2009, o vereador havia sido condenado pelo Tribunal de Justiça do Paraná por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito. Ele aguardava julgamento do recurso no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e dependeria de uma liminar para poder registrar sua candidatura nas eleições municipais até o julgamento do recurso. No início deste ano, o vereador se dizia tranquilo sobre a possibilidade de ter a candidatura barrada devido à Lei da Ficha Limpa.
Segundo denúncia do Ministério Público (MP), Frote foi condenado por ter recebido em uma conta corrente particular, entre 1996 e 2000, parte da remuneração de sete funcionários de seu gabinete na Câmara. De acordo com o MP. o esquema teria resultado em um rombo de cerca de R$ 320 mil aos cofres públicos.
Os vereadores de Curitiba rejeitaram o requerimento, apresentado pela oposição, que convidava o prefeito Luciano Ducci (PSB) a comparecer à Câmara Municipal para explicar as denúncias feitas pela revista Veja contra ele. A reportagem, publicada na edição desta semana da revista, coloca em dúvida a evolução patrimonial de Ducci. De acordo com a revista, o patrimônio de Ducci saltou de pouco mais de R$ 1 milhão, em 2008, para mais de R$ 30 milhões, em 2012.
Entre os bens listados pela Veja estão um apartamento de R$ 5 milhões no bairro Batel, duas fazendas em Mato Grosso e mais de cem cabeças de gado. A reportagem diz também que um suposto capataz de uma das fazendas de Ducci, Cícero Paulino, trabalhou na prefeitura de Curitiba com salário de R$ 6 mil, mesmo morando em outro estado. Ducci nega as denúncias.
De acordo com o líder da oposição na Câmara, o vereador Jonny Stica (PT), diante da recusa de convocação do prefeito, a oposição irá protocolar dois pedidos de esclarecimentos com base na Lei de Acesso à Informação. A bancada que que Ducci apresente documentação para comprovar que Paulino realmente trabalhou na prefeitura durante o período em que esteve contratado pela administração municipal. Também vai requisitar informações sobre as atividades do funcionário.
"Queríamos ouvir o prefeito Luciano Ducci, mas não foi possível. Agora vamos nos concentrar em obter a documentação necessária para fiscalizar o caso", afirmou Stica.
Os vereadores que votaram a favor do convite ao prefeito foram Aladim Luciano (PV), Algaci Túlio (PMDB), Caíque Ferrante (PRP), Jonny Stica (PT), Noemia Rocha (PMDB), Pedro Paulo (PT), Professora Josete (PT), Tito Zeglin (PDT) e Professor Galdino (PSDB).
Contrário ao convite, o líder do prefeito na Câmara, o vereador Serginho do Posto (PSDB), argumentou que prefeito entregou ao Ministério Público a documentação necessária para explicar o caso na segunda-feira.
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