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O presidente da Câmara Municipal de Curitiba, o vereador João Luiz Cordeiro, conhecido como João do Suco, anunciou nesta quinta-feira (3) uma medida para moralizar a Casa após as denúncias de irregularidades feitas na série Negócio Fechado, produzida pela Gazeta do Povo e pela RPCTV: os processos de licitação para publicidade do legislativo municipal foram revogados.

"Não teremos mais agência de publicidade e licitações, esse processo licitatório foi revogado", anunciou o vereador. Com isso, segundo Cordeiro, a Casa irá economizar R$ 1 milhão no prazo de um ano, dinheiro que "irá retornar ao município".

Cordeiro explicou que caso os contratos fossem apenas cancelados, havia a possibilidade de que fossem reeditados, mas com a revogação todos os processos que estavam "caminhando" são interrompidos. Apenas publicidade oficial será feita a partir da revogação, como editais e audiências públicas, por exemplo. "Não vai ter mais recurso para pagar jornal de bairro ou outros tipos de mídia. Só o oficial", explica o vereador.

A medida foi anunciada após uma série de denúncias envolvendo alguns vereadores em contratos irregulares de publicidade da Casa. Funcionários e ex-funcionários do gabinete dos vereadores Algaci Tulio (PMDB), João Cláudio Derosso (PSDB), Emerson Prado (PSDB), Roberto Hinça (PSD) e do atual presidente da Casa, João do Suco (PSDB), se beneficiaram de verbas para a divulgação da CMC.

Além disso, o jornal Folha do Boqueirão, que era presidido pelo presidente do Conselho de Ética da Casa, Francisco Garcez (PSDB), também recebeu dinheiro da Casa.

Segundo João do Suco, estão sendo cumpridas as tarefas prometidas quando o vereador assumiu o cargo de presidente da Câmara, no lugar de Derosso, em março deste ano. "É um novo momento. São definições para que a gente possa estar trabalhando e deixando mais claro nosso trabalho na Casa", disse.

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