Investigada no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, Jaqueline Roriz (PMN-DF) foi indicada pela Comissão de Relações Exteriores para representar a Casa em um fórum internacional da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York. A indicação não foi aceita pela Presidência da Casa, mas a deputada viajou mesmo assim.
Jaqueline responde a processo no conselho devido ao vídeo de 2006 no qual aparece recebendo um pacote de dinheiro do delator do "mensalão do DEM", Durval Barbosa. Para salvar o mandato, a deputada argumenta que o fato é anterior a sua posse. Ela já admitiu, porém, que o dinheiro foi usado para caixa 2 de campanha eleitoral.
A viagem acontece na semana em que o Conselho de Ética desejava tomar seu depoimento sobre as denúncias. A parlamentar, porém, já tinha avisado que não compareceria e daria explicações somente por escrito. Relator do processo contra Jaqueline, o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP) criticou a atitude da colega. "Uma deputada representada no Conselho de Ética pela prática de fato tido como indecoroso não pode pedir licença para representar a Câmara", disse.
A polêmica indicação foi pedida pela deputada ao presidente da Comissão, Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO). Ele concordou e, no dia 4 de maio, assinou ofício para que Jaqueline e Dalva Figueiredo (PT-AP) representassem a Câmara no Fórum Permanente para Comunidades Indígenas no âmbito do Conselho Econômico e Social da ONU. A assessoria de Leréia disse que a indicação foi aceita porque Jaqueline é integrante da comissão.
A questão chegou no dia 13 às mãos da presidente interina, Rose de Freitas (PMDB-ES). Ela se recusou a dar a autorização. Jaqueline, porém, seguiu viagem mesmo sem ter a condição de representante oficial da Câmara. Sua assessoria afirma que ela está participando do evento como observadora.
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