Está marcada para amanhã a votação da mensagem da prefeitura que prevê reajuste de 6% aos servidores municipais de Curitiba. O índice proposto foi questionado pela bancada independente da Câmara, que sugeriu uma emenda à proposta, indicando aumento de 8%.
Os dois índices ainda estão distantes do que pede os sindicatos que representam os servidores do município Sindicato dos Servidores Municipais de Curitiba (Sismuc) e Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Curitiba (Sismac). Eles pedem perdas inflacionárias de anos anteriores, acumuladas em 18,8%. As entidades reivindicam no Poder Judiciário a reposição integral das perdas. A prefeitura tem 33,5 mil funcionários, da ativa, aposentados e pensionistas.
O vereador Pastor Valdemir Soares (PL), do bloco independente, diz que a prefeitura tem dinheiro em caixa para conceder reajuste maior. "O secretário de Finanças nos apresentou um balanço que indica superávit de R$ 17 milhões no ano passado. Os 2% a mais somariam R$ 17,4 milhões", diz o vereador.
Mas o líder do prefeito na Câmara, Mário Celso Cunha (PSDB), diz que se for aprovado o índice proposto pelos independentes, o prefeito terá de vetar. "Esse dinheiro do superávit já está comprometido. Do total, 40% deve ir para saúde e educação", diz Cunha que ainda afirma que se o reajuste não for aprovado na terça, deve inviabilizar o aumento no salário dos servidores, marcado para vigorar neste mês.
A discussão do aumento dos servidores deve ser o primeiro grande embate desde que o grupo chamado de independente foi formado na casa, no início de março, com cinco vereadores. Considerados da base de apoio do prefeito, eles resolveram se juntar para pedir discussão maior dos projetos apresentados pela prefeitura à Câmara. Mas, até então, afirmavam que não eram oposição ao prefeito. Caso votem contra o reajuste de 6%, devem enfrentar resposta da prefeitura, já que se posicionarão contra uma mensagem assinada pelo prefeito. (DN)
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