Embora o prazo final para o aumento no número de cadeiras nas Câmaras de Vereadores acabe apenas em outubro – um ano antes das eleições –, alguns parlamentos do Paraná se adiantaram nas discussões. Em Fazenda Rio Grande, na Região Metropolitana de Curitiba, por exemplo, os vereadores aprovaram no início deste mês um aumento de 13 para 15 cadeiras. O mesmo aconteceu em Paranaguá, que passará de 17 para 19 parlamentares em 2017.
Em Araucária, também na Grande Curitiba, os vereadores estudam aumentar de 11 para 15 vagas. O projeto já foi aprovado em primeira votação e volta ao plenário nesta segunda-feira (20) para análise em segundo turno.
Diferentes
Colombo e Ponta Grossa decidiram seguir caminho inverso ao de muitas cidades do Paraná. O município da Grande Curitiba optou por perder cadeiras, diminuindo de 21 para 17 vereadores. Em Ponta Grossa serão apenas 15 parlamentares ao invés dos atuais 23.
Casas de cidades maiores, entretanto, optaram por não mexer no número de cadeiras para a próxima legislatura, casos de Maringá e Londrina. Em Cascavel, depois de aprovar um reajuste salarial de 6% para os vereadores, a Câmara local não deve aumentar o número de legisladores. De acordo com a assessoria de imprensa da Casa, o número poderia subir de 21 para 23 parlamentares.
Contramão
Na contramão da maioria das Câmaras Municipais paranaenses, pelo menos duas cidades vão ver o número de vereadores diminuir. O primeiro caso é o de Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba. Os vereadores decidiram reduzir de 21 para 17 o número de cadeiras.
De acordo com o presidente da Casa, vereador Waldirlei Bueno de Oliveira (SD), a decisão de diminuir o número de parlamentares foi uma correção a uma votação irregular que criou quatro novas vagas em 2010. “Nós não temos compromisso com o erro”, disse. “Estamos atendendo a um apelo da população por causa do momento de crise que o Brasil está enfrentanto”, justificou.
Em Ponta Grossa, o número de cadeiras deve cair ainda mais. Atualmente são 23 parlamentares, mas tramita um projeto de lei que deve seguir para discussão nas próximas semanas que diminui para 15 as cadeiras.
“Não podemos esquecer a reação popular contrária ao aumento do número de vereadores. Isso é normal, pois o povo sabia que aumentando o número de vereadores, consequentemente aumentaria as despesas”, diz a justificativa do projeto de redução.
Salários
A discussão sobre salários para 2017 também já começa a ganhar corpo em algumas Câmaras no Paraná. Em Fazenda Rio Grande os vereadores aprovaram um aumento de cerca de 80% – o reajuste foi vetado semana passada pelo prefeito Marcio Wozniack (PSDB).
Em Cascavel o aumento aprovado foi de 6% para 2017. A estratégia de discutir o ajuste salarial agora – o aumento pode ser aprovado até o final do mandato – tem relação com a memória curta do eleitorado: o impacto para a reeleição é menor do que se o aumento for aprovado em 2016.
Grande parte das Casas procuradas pela Gazeta do Pov o, porém, informaram que a reposição salarial não está em pauta. Na semana passada, os vereadores de Santo Antônio da Platina tiveram de recuar da proposta de aumento e diminuir os salários devido à pressão popular. O subsídio baixou de R$ 3,4 mil para R$ 970. Com receio de que o mesmo pudesse ocorrer em outras cidades da região, as demais Casas do Norte Pioneiro também desistiram dos aumentos.
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