A oposição não pretende dar trégua a Jorge Mattoso. Ontem, senadores já preparavam requerimento para quebrar o sigilo telefônico do ex-presidente da Caixa Econômica Federal. Caminho das pedras 2 – Os defensores da quebra do sigilo telefônico de Mattoso argumentam que é fundamental saber com quem ele conversou nos dias que antecederam a violação do sigilo do caseiro. Empurrãozinho – Mattoso disse a aliados que se aconselhou no fim de semana com o assessor presidencial Marco Aurélio Garcia, seu amigo de longa data, sobre o depoimento que faria à PF, no qual disse ter levado a Palocci o extrato bancário de Francenildo. Suspendam... – Está sendo discretamente desmarcado o jantar de gala que seria realizado amanhã para reinaugurar o Palácio da Alvorada depois de 15 meses de reformas que consumiram R$ 18,4 mi. Diante da temperatura da crise, a festa já havia sido apelidada de "Baile da Ilha Fiscal".

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...os canapés – Ainda não há nova data para o evento, da qual participarão os patrocinadores da restauração e autoridades. Deve ficar para a semana que vem. Inspirado em JK, Lula pretende fazer uma exposição de fotos da obra. O profeta – "A verdade vencerá." Lula, em agosto de 2005, fazendo pouco da primeira leva de acusações de Rogério Buratti contra o então ministro Antônio Palocci. Fica para outra – Na segunda, ao receber seus ex-secretários, Palocci pediu que ficassem na Fazenda para ajudar Guido Mantega. Exceção feita aos que já estavam com saída agendada, como Joaquim Levy (Tesouro). Murilo Portugal, o número 2, alegou que, dada sua proximidade com Palocci, não seria adequado ficar.

Seja bem-vindo – Reunidos na presidência do Senado, governistas criticavam ontem a escolha de Guido Mantega. O substituto de Palocci foi chamado de "instável", "vaidoso" e "falastrão" por representantes de partidos variados. Menos, menos – Um aliado chegou a sugerir a Lula promover o ex-secretário-executivo Murilo Portugal. O presidente disse que não faria "duas concessões à oposição": degolar Palocci e nomear um ex-colaborador de Fernando Henrique. Tiro certeiro – Para minar de vez as chances de Portugal, assessores do Planalto circulavam na segunda com exemplares do recém-lançado "A Arte da Política", em que FH é só elogios ao amigo. Martelo batido – O senador Sérgio Guerra (PE) será o coordenador da campanha de Geraldo Alckmin a presidente, pelo menos do lado tucano da chapa. A decisão foi tomada por Tasso Jereissati e pelo próprio candidato do PSDB. Gato preto – Um tucano cético lembra dois precedentes de derrota de candidatos que largaram com dianteira folgada para o governo de São Paulo: Mário Covas em 1990 e Paulo Maluf em 2002. Ambos tinham, na pré-campanha, mais de 45% das intenções de voto. Calma lá – Um tucano otimista retruca: Covas e Maluf não pertenciam, nas referidas eleições, ao partido no poder. Já José Serra desfruta dessa condição duplamente: no estado e na prefeitura. Fatura na mesa – Aloízio Mercadante pediu a Lula "gestos claros" de apoio à sua pré-candidatura ao governo paulista. Disse que se sente "prejudicado" por não poder deixar a liderança no Senado e se dedicar à campanha, como gostaria.

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TIROTEIO

* Do senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) sobre Lula, que, ao comentar a demissão do ex-ministro da Fazenda, disse que "tudo isso significa para Palocci uma lição, um aprendizado":

– Depois de privatizar o Estado para o PT, Lula, o grande culpado de tudo, se limita a dar conselhos de auto-ajuda.