As prestações de contas que o PT e o PSDB entregaram nesta terça-feira à Justiça Eleitoral mostram que as campanhas presidenciais dos dois partidos gastaram mais do que arrecadaram, sendo que o rombo da tucana foi maior: de R$ 19.904.806,43, prejuízo que será assumido pelo partido. O da campanha da reeleição foi de R$ 9,876 milhões, que também foram transformados numa dívida do PT.
O valor arrecadado pela campanha do candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, foi de R$ 62.022.370,45. O gasto ocorrido chegou a R$ 81.923.624,75. A previsão de gasto registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi R$ 95 milhões. O PT informou que a prestação de contas da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva terminou com um total de gastos de R$ 104,313 milhões.
Cerca de R$ 20 milhões foram arrecadados após a vitória
Segundo o tesoureiro da campanha presidencial do PT, José de Filippi Jr. cerca de R$ 20 milhões foram arrecadados após a vitória de Lula no segundo turno. Ou seja, quase 30% das receitas foram obtidos com a eleição já definida. O partido se comprometeu a pagar os R$ 9,876 milhões até o dia 30 de dezembro. Segundo o presidente do PT, Marco Aurélio Garcia, cerca de R$ 5 milhões desse total já estariam garantidos em doações feitas à legenda após a eleição. Segundo o tesoureiro do PT, a campanha teve 3.100 doadores, sendo 300 empresas, que doaram 96% do total. O maior gasto da campanha foi com o pagamento de gráficas e placas de publicidade. Quatro empresas de São Paulo não receberam pelos serviços prestados e se tornaram credoras do PT. A campanha gastou cerca de R$ 4,8 milhões com os deslocamentos do presidente e de sua comitiva. Entre esses gastos estão as despesas com o Aerolula.
Campanha cara reforça suspeita de caixa 2 em 2002
O número total supera todas as previsões iniciais, torna a corrida presidencial deste ano a mais cara da história democrática brasileira e reforça a tese de que o caixa dois foi o principal meio de financiamento eleitoral em 2002. Naquele ano, em valores corrigidos pela inflação do período, os dois partidos declararam despesas somadas de cerca de R$100 milhões.
TSE pode rejeitar contas que receberam doação de ONGs
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode rejeitar contas de campanha de candidatos que receberam recursos de fontes proibidas. Entre as fontes proibidas pelo TSE, estão ONGs que recebem recursos públicos ou do exterior. Esta terça-feira é o último dia para os dois candidatos a presidente da República e a governador, que disputaram o segundo turno nas eleições de 2006, prestarem contas à Justiça Eleitoral.
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