Curitiba O Ministério da Justiça divulgou ontem um balanço final da campanha do desarmamento, que terminou no último dia 23 de outubro. O ministro Márcio Thomaz Bastos credita à campanha a queda na tendência, apontada pela Unesco, de crescimento anual do número de mortes por armas de fogo.
"Essa campanha surgiu de uma aspiração do povo brasileiro e ficará marcada como uma política bem sucedida, que abrirá caminho para construirmos um país mais pacífico e seguro", afirma o ministro.
Iniciada em 15 de julho de 2004, a campanha recolheu 460 mil armas em todo o país. No Paraná, um dos seis estados em que o número de mortes ficou acima do previsto pelo relatório da Unesco, foram arrecadas 23.162 armas. A região de Curitiba, com 12.980 armas, foi a que mais arrecadou no estado A região de Londrina conseguiu receber 5.306 armas, a de Maringá 3.234 e a de Foz do Iguaçu 1.912.
"Ao entregarem suas armas, as pessoas mostram que estão cansadas da violência, da agressividade. Mostram que querem viver num outro ambiente, de paz", diz Thomaz Bastos.
Vidas poupadas
A campanha do desarmamento teve ainda relação direta com a diminuição da violência doméstica no Brasil, de acordo com uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde em setembro deste ano. A redução foi verificada em 18 estados. Mesmo nos que registraram crescimento da taxa de mortalidade, esse índice cresceu em menor escala que nos anos anteriores. Em números absolutos, o estado que mais contribuiu para a redução do índice em 2004 foi São Paulo, com menos 1.960 mortes, seguido pelo Rio de Janeiro (672 mortes a menos).
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