Curitiba (AE) A campanha estadual de desarmamento será retomada no Paraná. O anúncio foi feito ontem pela manhã pelo governador do estado, Roberto Requião (PMDB), que votou não à proibição de venda de armas e munição, alegando que a população tem direito à defesa. "Mas somos contra o porte", acentuou. "Quanto menos armas na posse das pessoas e quanto menos portes de armas melhor para o estado inteiro."
Definida por lei estadual, a campanha desenvolveu-se entre janeiro e julho de 2004, quando foram recolhidas cerca de 20 mil armas. Depois ela foi encampada pelo governo federal, que recolheu outras 22.500 armas no estado. No Paraná, cada arma entregue vale R$ 100. Os policiais que as apreendem recebem o mesmo valor. "A campanha só vai parar se a lei for revogada", disse o secretário da Segurança Pública do PR, Luiz Fernando Delazari.
Para o secretário, o grande problema no país é a falta de um programa de segurança pública. "A polícia ataca com ações imediatas", criticou. "Ataca o crime da moda."
Segundo ele, até existe um programa do Instituto Cidadania. "Mas não caminha por conta dos cortes de recursos, que não são repassados aos estados", reclamou. "Gasta-se R$ 500 milhões para o referendo e para a segurança pública, em 2005, não veio nada."
De acordo com Delazari, em todos os estados 98% dos investimentos em segurança pública são recursos próprios. No Paraná, estão sendo investidos R$ 85 milhões este ano. São privilegiados a melhora tecnológica, a compra de armas, de viaturas e os cursos de preparação e readequação dos policiais. Em três anos de governo, 3.300 novos policiais foram contratados. "É a maior contratação da história", ressaltou.
A proposta de segurança do Paraná, afirmou, está focada no policiamento comunitário, para que haja harmonia entre o trabalho policial e a sociedade.
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