A campanha eleitoral ganha oficialmente as ruas a partir desta quinta-feira (6). Entram em cena os atos públicos, as caminhadas, entregas de panfletos, cartazes e adesivos com o nome e número dos candidatos, viagens e comícios.

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A agenda de candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, segundo matéria de Isabel Braga, Flávio Freire e Ronaldo D´Ercole do jornal "O Globo" desta segunda-feira (3), começa a ser fechada a partir desta terça. Os coordenadores da campanha de Lula, em reunião a ser realizada na sede do PT em Brasília, vão tratar das questões operacionais. Serão decididas, por exemplo, as datas das inaugurações dos dois comitês do petista — um em São Paulo e outro em Brasília — os primeiros comícios e os atos de campanha.

Lula conseguiu o apoio formal de apenas dois partidos, PCdoB e PRB, mas tem aliados informais em vários estados. Por isso, a idéia inicial é fazer comícios ou atos nos quais os aliados da base — PSB, PMDB, PTB, PP, PL — possam participar ao lado de petistas e comunistas. Não se sabe, entretanto, se isso irá funcionar. Muitos aliados podem rejeitar a estratégia, temendo vaias de militantes nos atos.

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— Não existe a tese dos dois palanques. Quem apóia o Lula que participe da atividade dele, venha ao palanque dele — avisou o secretário-geral adjunto do PT, Joaquim Soriano em entrevista ao jornal.

Dois palanques

Deverá haver maiores problemas em estados como Pernambuco, em que dois ex-ministros do governo Lula disputam o governo — Humberto Costa (PT) e Eduardo Campos (PSB) — e no Rio de Janeiro, com as candidaturas de dois aliados de Lula, Vladimir Palmeira (PT) e Marcelo Crivella (PRB).

Alckmin

O candidato à Presidência do PSDB, Geraldo Alckmin, prepara para esta quinta uma maratona que começa com um corpo-a-corpo numa cidade da região metropolitana de São Paulo, passa por uma reunião com coordenadores de campanha e termina num jantar com prefeitos de diferentes partidos e caciques tucanos no Clube Pinheiros, na capital paulista.

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Para abafar rumores de divergência interna, o comando do partido decidiu compartilhar a festa entre as duas principais campanhas da sigla, a de Alckmin e a do candidato ao governo de São Paulo, José Serra. No dia seguinte, Alckmin viaja em busca do voto de eleitores do Nordeste. Vai à cidade de Barreiras, na Bahia, para um encontro com líderes locais.