Pode ter custado em média R$ 1 milhão a campanha de cada um dos 55 vereadores eleitos ou reeleitos para a Câmara de São Paulo. O valor seria suficiente para pagar os salários brutos do parlamentar durante 9 anos de mandato. Com salário de R$ 9.288 00 sem os descontos, na legislatura de quatro anos o vereador acumula um ganho bruto de R$ 445.834,00. O prazo para finalizar a prestação de contas é 4 de novembro, mas os números parciais apresentados à Justiça Eleitoral revelam uma campanha cara.
Alguns vereadores que finalizam o balanço já sabem o tamanho da conta. Milton Leite (DEM) calcula o custo da própria campanha em R$ 1,7 milhão. Eleito em quarto lugar com 80.051 votos, é apontado pelos colegas como um dos que mais empregaram recursos para se reeleger. Cada voto saiu a um custo de R$ 21. Até 6 de setembro, quando apresentou o balanço parcial ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele tinha arrecadado R$ 1,06 milhão para cobrir as despesas. Desse valor, R$ 982 mil foram obtidos com doações de pessoas físicas e jurídicas. Outros R$ 200 mil foram de recursos próprios.
O vereador Milton Ferreira, do PPS, eleito com o menor número de votos - 14.874 -, garante que foi um dos que menos tiveram custos com a campanha. Ele estima uma despesa entre R$ 200 mil e R$ 300 mil. "Faço trabalho social há anos e não precisei gastar muito." Ainda assim, cada voto recebido custou R$ 20 - quase o mesmo custo que o da campanha mais cara.
Poucos vereadores quiseram falar sobre as contas da campanha eleitoral. A assessoria do vereador mais votado, Gabriel Chalita (PSDB), que recebeu 102.048 votos, informou que os gastos ainda não foram fechados. Na parcial de 6 de setembro, o candidato estava em 15º lugar em custo de campanha entre os eleitos.
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