Em meio às discussões sobre a manutenção, redução ou aumento do número de vereadores e a limitação dos gastos das câmaras municipais, entidades representativas de classe estão lançando campanhas por meio das quais apontam a deficiência e reivindicam uma maior produtividade legislativa. Com outdoors espalhados por várias cidades do estado, as mensagens alertam para a falta de atenção a vários setores, como segurança, infraestrutura, saúde e educação.

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Pesquisas sobre a atuação dos vereadores e a relevância das propostas apresentadas mostram que os projetos voltados às políticas públicas perdem de longe para os de cunho autorizativo, indicativo ou de homenagem, como as moções de aplauso e as mudanças de nome de rua. "O Legislativo, seja municipal, estadual ou federal, é tratado como um mero despachante do Executivo, baseado somente na troca de favores", afirma o presidente do Observatório Social de Maringá, Carlos Anselmo Corrêa.

Essa postura, continua, revela um problema ainda maior, ligado, entre outros, à falta de qualificação: "Os parlamentares há muito tempo deixaram de exercer a função constitucional de criar leis e fiscalizar o cumprimento delas". Para os que defendem que o aumento de vagas não elevaria os gastos das Câmaras, Corrêa sugere que os recursos sejam investidos na contratação, por meio de concurso, de profissionais capacitados para auxiliar no trabalho legislativo.

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Para a coordenadora do Observatório das Metrópoles, Ana Lúcia Rodrigues, tal deficiência pode ser suprida com maior representatividade e diversidade de ideias. "Sabemos que existem problemas quanto ao preparo dos parlamentares. Mas pior ainda é permitir que o autoritarismo se instale e que apenas partidos grandes e com dinheiro tenham candidatos eleitos. Quanto maior o número de vereadores, maiores as chances de todas as parcelas da sociedade participarem do processo democrático."