No quadro de servidores do Tribunal de Contas do estado (TC), consta um sobrenome que provoca arrepios no governador Roberto Requião. Roberta Mocelin Campêlo tomou posse há cerca de um mês e meio no gabinete da diretoria-geral. Ela é filha de José Cid Campêlo Filho, advogado desafeto dos Requião. Ele é o responsável pelo processo no STF cuja decisão liminar tirou Maurício Requião do cargo de conselheiro do TC ele precisa aguardar decisão de processo que tramita na 4.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba para saber se pode voltar ao cargo. Roberta entrou no TC antes da decisão do STF, mas isso tinha desagradado ao governador. Consta que ele ficou chateado pelo presidente do tribunal, Hermas Brandão, ter autorizado a posse de alguém do clã Campêlo. Roberta é formada em Biologia e está no quarto ano de Direito. O pai dela não vê constrangimento na situação. "Ela tem 29 anos. Eu não mando nela. Ressalto que no período em que fui secretário estadual (seis anos) eu não tinha nenhum parente empregado no poder público." Em tempo: outro servidor com o sobrenome Campêlo do TC é apenas um parente distante.
Cobrança
Os deputados aprovaram ontem requerimento do deputado Reni Pereira (PSB) cobrando informações do governo sobre a aplicação da Lei 15.426/07, de Ratinho Júnior (PSC), que regula as demissões em massa das empresas que possuem benefícios fiscais.
Artilharia
Até o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT), resolveu entrar na polêmica sobre a derrubada da PEC que previa corte de incentivos fiscais para empresas que demitirem. Ele disse ontem em Curitiba que os 12 deputados estaduais que faltaram à sessão de votação são os culpados pela não aprovação da PEC.
Tiro no pé
A crítica de Bernardo acabou acertando em companheiros do próprio partido, como Pedro Ivo (PT). "A PEC foi derrubada por falta de votos. Falharam os parlamentares que estavam ausentes. Caso contrário, haveria votos suficientes para aprovar a medida", disse o ministro.
Pressão
O líder do governo, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), voltou à carga ontem também contra os ausentes e os que votaram contra a emenda. "A oposição vai fazer de tudo para PEC do (Marcelo) Rangel não prosperar. É o poderoso lobby da Fiep junto aos deputados para não aprovar a PEC", acusou.
Temperatura
O deputado Antonio Anibelli (PMDB), um dos que faltou na votação, ficou irritado com as provocações. Ele fez questão de registrar ontem que estava no plenário e deu resposta indireta a Romanelli: "Mesmo suando e com 40 graus de febre vim aqui para não ser tachado de ausente. E quem fala que a Fiep esteve no meu gabinete é um irresponsável".
Inútil
A oposição também protestou contra o líder do governo. "Ninguém votou contra os trabalhadores, se o Romanelli quer fazer demagogia que faça no seu partido", disse o líder oposicionista, Élio Rusch (DEM).
Controle de carros
O Conselho Nacional de Justiça decidiu regulamentar o uso de veículos oficiais nos tribunais estaduais e regionais de todo o país. Na opinião do conselheiro Adônis de Araújo Sá, a resolução é essencial para viabilizar o controle do bem público, diante dos abusos verificados na utilização de veículos oficiais no Judiciário e em outros órgãos da administração pública.
Pinga-fogo
"A única coisa que tenho para dizer sobre essa confusão é: me incluam fora dessa."
Do ex-vereador Paulo Salamuni (PV), que afirma não ter relação alguma com o processo do conselho de ética do partido que poderia resultar na expulsão do vereador Professor Galdino da legenda.
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