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Brasília - Seis candidatos a prefeito de capitais que despontam como campeões de votos têm muito em comum, apesar de serem de partidos diferentes. Todos atribuem a popularidade a um coquetel que mistura trabalho junto à comunidade e boa convivência com o governo federal.

"O trabalho do prefeito das 4 mil obras continua", diz o mote de campanha do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB) – que, pela pesquisa Ibope do dia 25, está com 73% da preferência dos eleitores. A segunda colocada, Gleisi Hoffman (PT), tem a ajuda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. A ajuda desse peso político não assusta Richa: "O presidente Lula não discrimina o prefeito por ser de outro partido." Richa realizou 235 audiências públicas enquanto prefeito de Curitiba. "Ouço todo tipo de reivindicação, digo quando posso atender e quando não posso." Mesmo as respostas negativas são dadas diretamente aos eleitores, sustenta.

O prefeito de Goiânia, Iris Rezende (PMDB), adotou a tática de nunca desgrudar do eleitor: "Em quase quatro anos, nunca saí da cidade", conta. "Em todo fim de semana vou para os bairros e faço mutirões para arrumar ruas, construir casas e atender a população". Ele está com 75 anos mas, apesar da idade, ajuda a levantar paredes e até a varrer ruas. De acordo com o Ibope do dia 19, está com 67% da preferência dos eleitores.

Situação muito semelhante é a do prefeito de Vitória, João Coser (PT). Ele está com 69% da preferência do eleitorado, de acordo com o Ibope do dia 20. "Discuto todas as iniciativas orçamentárias com a população. Todas as obras são aprovadas antes pelos eleitores", explica. Ele tem relação muito boa com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB) e, claro, com o presidente Lula, de seu partido.

Nelson Trad Filho (PMDB), prefeito de Campo Grande, acha que os 69% de preferência do eleitorado, anotados pelo Ibope do dia 19, são frutos de sua gestão "democrática, popular e inclusiva". Ele diz ter inventado o que considera a versão moderna do orçamento participativo, uma marca do PT. "Faço um orçamento comunitário, o Comunidade Viva. Sempre digo o que dá e o que não dá para fazer. Falo isso na cara da pessoa".

O prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho (PSB), diz que o eleitor quer saber o que o administrador está fazendo. Afirma que pegou a prefeitura sem recursos, o que era uma tradição na cidade. "Acabei com isso. Em 2004, investi R$ 18 milhões. Em 2007, R$ 97 milhões. Em 2008, vão ser R$ 120 milhões. Isso dá uma enorme visibilidade ao administrador". Ele está com 71% no Ibope do dia 11.

O sexto provável campeão de votos é o prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), que tem 81% das preferências no Ibope do dia 17. Ele também busca a participação popular na escolha das obras e seu forte é a articulação das alianças, facilitada por sua liderança na campanha.

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