Apesar das recentes especulações de que poderia deixar o governo de Pernambuco já nos dois primeiros meses do ano para dedicar-se integralmente à disputa pela Presidência da República, o presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, afirmou, nesta segunda-feira (30) durante evento realizado no interior do Estado, que "irá ficar no Governo até o prazo estabelecido pela Lei Eleitoral, que é 4 de abril".
O socialista, no entanto, manteve o mistério em torno da cabeça de chapa, que poderá ser dele ou da recém-filiada à legenda, a ex-senadora Marina Silva (PSB/AM). A declaração foi dada durante entrevista à Rádio Cultura de Palmares, localizada no município de mesmo nome, na Mata Sul pernambucana, onde o governador participou da entrega de 707 unidades residenciais. "Até o tempo que a legislação determina, vou cuidar da minha tarefa, que é cuidar da segurança, da educação, da saúde, do saneamento, atraindo empresas para a geração de empregos. Esse é o meu dia-a-dia, que faço com grande ânimo e determinação. Depois disso, partiremos para uma nova fase do projeto nacional socialista", completou.
Campos minimizou eventuais dificuldades de alavancar a campanha em função do baixo índice de reconhecimento nacional ao seu nome. "Temos a clareza de que neste País de dimensões continentais, nós ainda temos um desconhecimento muito grande. Eu sou conhecido em Pernambuco, mas fora de Pernambuco nós só vamos vencer esse desconhecimento quando o debate da TV e do rádio for iniciado", assegurou. Uma pesquisa divulgada pelo Ibope, no último mês de outubro, apontou que o socialista ainda é desconhecido por quase metade do eleitorado nacional.
Usando frases de efeito, mantendo um estilo iniciado ainda em seu primeiro governo, em 2007, o presidenciável fez um balanço positivo de sua gestão à frente do executivo pernambucano e reforçou o otimismo em relação à disputa de 2014.
Diferentemente do senador tucano Aécio Neves, potencial candidato do PSDB na disputa presidencial, Campos não fez comentários sobre o pronunciamento oficial de final de ano feito no último domingo, pela presidente Dilma Rousseff.
Nos próximos 15 dias o socialista deverá diminuir o ritmo político para acompanhar o nascimento de seu 5º filho com a esposa, a primeira dama Renata Campos. Miguel, cujo nome foi escolhido em homenagem ao avô de Campos, o ex-governador Miguel Arraes de Alencar, deverá nascer na primeira quinzena de janeiro.
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