O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, minimizou nesta terça-feira (16) as recentes críticas que vem recebendo dos presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). “Isso é com eles. Eu não tenho nada a ver com isso não”, disse, ao ser questionado sobre se a retaliação que vem sofrendo gerava algum tipo de preocupação ao Ministério Público Federal. Janot se candidatou nessa segunda (15) para chefiar o Ministério Público Federal (MPF) por mais dois anos.
A inscrição de Janot nesse processo pode levá-lo à permanência por mais dois anos no cargo de procurador-geral da República. Ele concorre com três subprocuradores ao cargo: Carlos Frederico, Raquel Dodge e Mario Bonsaglia. A partir de agora, os quatro inscritos entram em um processo de campanha que se encerra em 5 de agosto. Os três candidatos mais votados são então encaminhados à Presidência da República, que costuma eleger o primeiro nome da lista, que segue a ordem de votos. O nome escolhido é submetido à sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e a uma aprovação pelo Plenário do Senado Federal.
- Rodrigo Janot: Lava-Jato é maior escândalo de corrupção da história do país
- Em primeira manifestação após a ‘lista de Janot’, Collor ataca PGR no Senado
- Janot diz que diálogo, ‘com quem quer que seja’, não altera suas decisões
- Citado em lista de Janot, Renan defende regramento de eleição para PGR
- Em busca da indicação, Janot abre semana eleitoral
Questionado sobre qual seu projeto caso seja escolhido para permanecer por mais dois anos na presidência da Procuradoria-Geral da República, Janot disse apenas que será “consolidar as metas alcançadas, realizar as que a gente não conseguiu fazer”.
O procurador tem recebido críticas pela condução que está dando aos casos relativos à operação Lava Jato. São investigados no processo 22 deputados e 13 senadores em inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal (STF), além de um governador e dois ex-governadores que são investigados em inquéritos que estão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Entre os alvos das investigações estão Cunha e Renan e o senador e ex-presidente da República Fernando Collor (PTB-AL). Janot tem sido criticado por fazer, segundo os parlamentares, uma investigação “pessoal”. Os investigados negam envolvimento no escândalo de corrupção que apura desvios na Petrobras.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares
Deixe sua opinião