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Deputado Hugo Motta tem apoio de Eduardo Cunha. | Ivonaldp Alexandre/Gazeta do Povo
Deputado Hugo Motta tem apoio de Eduardo Cunha.| Foto: Ivonaldp Alexandre/Gazeta do Povo

Ninguém arrisca o resultado da eleição para escolha do líder da bancada do PMDB na Câmara dos Deputados, marcada para a quarta-feira (17). A maior bancada da Casa, com 67 parlamentares, está dividida entre o atual líder, Leonardo Picciani (RJ), que tem o apoio do Planalto, e o candidato de Eduardo Cunha (RJ), Hugo Motta (PB). Os dois candidatos devem disputar cada voto até a véspera da eleição.

Na bancada do Paraná, onde há quatro parlamentares do PMDB, Hugo Motta já conta com o apoio de dois políticos: Osmar Serraglio e João Arruda. O deputado federal Sergio Souza diz que pessoalmente prefere Picciani, mas alega que sua decisão final será tomada em conjunto.

“Eu faço parte de um grupo de cinco a oito parlamentares do PMDB que têm votado em conjunto e a gente vai se reunir para tratar disso”, explica ele. Nesta segunda-feira (15), a reportagem não conseguiu contato com o paranaense Hermes Parcianello.

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A favor do impeachment da presidente da República Dilma Rousseff (PT), Osmar Serraglio já havia se manifestado contra a recondução de Picciani. “Eu faço parte deste grupo do PMDB que defende o impeachment, que tem esta visão”, repete ele. Já o paranaense João Arruda chegou a ser indicado por Picciani para integrar a comissão especial do impeachment, em dezembro do ano passado. Naquele mês, João Arruda também ficou ao lado de Picciani quando o grupo de Cunha conseguiu destituí-lo da cadeira de líder, dias depois recuperada.

“A bancada do PMDB precisa hoje de um líder que consiga unir o partido na Casa. Eu entendo que a candidatura do Picciani se tornou uma coisa imposta pelo Planalto, foi “de cima para baixo”. Ele já está comprometido com o governo federal. Já o Hugo Motta propõe uma bancada mais independente, que vai discutir pontualmente os temas. Ele não está com posições radicais e tem bom trânsito nos diferentes grupos”, justifica Arruda, endossando a tese de peemedebistas que reclamam da interferência do Planalto na disputa.

Na avaliação de membros da bancada, o grupo de Cunha acertou ao recuar em relação ao nome de Leonardo Quintão (MG), cuja missão era consolidar o movimento anti-Dilma dentro do PMDB. Com a entrada de Hugo Motta, e seu perfil menos radical, o grupo de Cunha tenta conquistar votos de peemedebistas com posições “moderadas” sobre a guerra do impeachment. “Alguns parlamentares mudaram o voto com a entrada do Hugo Motta”, reconhece Sergio Souza.

Antes da confirmação do nome de Hugo Motta, o próprio paranaense confirma que foi sondado pelo presidente da Câmara dos Deputados para se lançar candidato. “Eu recebi o convite do Cunha sim, e o respeito bastante, acho que ele é um parlamentar de grande articulação, mas não creio que seja o momento para eu entrar nesta confusão”, justifica Sergio Souza, que está em seu primeiro mandato como deputado federal. Outros parlamentares também foram chamados por Cunha.

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