A direção estadual do PSDB no Paraná anunciará no dia 8 de fevereiro o nome do candidato tucano que vai disputar em outubro a eleição para o governo do estado. Os dois pré-candidatos, o prefeito de Curitiba Beto Richa e o senador Alvaro Dias, têm até lá para entrar em um consenso e definir quem desistirá da candidatura. Caso não haja entendimento, a decisão ficará a cargo dos 45 membros do diretório estadual.
O prazo para a escolha foi definido no início da tarde desta segunda-feira (18), na reunião da executiva estadual do partido. O principal motivo para a "pressa" dos tucanos do Paraná é a possibilidade de, ao antecipar o nome do candidato, começar a trabalhar para fechar alianças políticas.
Lei do silêncio
Apesar do clima de disputa interna, a orientação tanto da executiva estadual quanto da nacional é de máxima cautela. Nos bastidores do ninho tucano, fala-se na decretação da lei do silêncio sobre o assunto, imposta pelo presidente nacional da legenda, senador Sérgio Guerra (PE). O temor é que a disputa entre Richa e Alvaro provoque um racha no partido no Paraná, tendo como consequência o enfraquecimento do palanque no estado para o governador de São Paulo, José Serra, pré-candidato à Presidência da República.
O cuidado pode ser sentido nas palavras de Guerra quando questionado sobre a disputa no Paraná. "O momento é de conversar, mas não de falar", disse o presidente nacional do PSDB, por meio de sua assessoria de imprensa, na semana passada. Já o governador paulista, que esteve na sexta-feira em Curitiba para acompanhar o velório de Zilda Arns, não quis comentar a disputa interna no Paraná.
Defesa
Em entrevista concedida à Gazeta do Povo na semana passada, o senador Alvaro Dias disse que, no seu entendimento, é o nome que mais traria benefícios ao PSDB no Paraná e no país. Ele elencou quatro consequências que a escolha de seu nome traria. "A primeira é que o partido continuaria administrando a prefeitura de Curitiba e haveria uma atração inevitável do Osmar Dias para o palanque do PSDB. Além disso, com o Osmar sendo candidato ao Senado com o apoio do nosso partido, o palanque da Dilma fica esvaziado. E a última consequência é a eleição de mais deputados, já que a nossa chapa atrairia as principais e mais fortes lideranças do partido."
Já Richa citou o sucesso que vem tendo na gestão de Curitiba como seu principal trunfo na disputa interna. "Não há dúvida que a minha administração na prefeitura de Curitiba, mostrando as boas práticas de uma gestão pública, é um grande diferencial. Foi isso que nos deu um porcentual alto nas pesquisas de intenção de voto", afirmou o prefeito.
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