A criação de uma central de criminologia e de inteligência do Ministério Público Estadual é a meta do procurador Marcio Elias Rosa. A desburocratização da instituição, um orçamento mais robusto e o que chama de fim do aparelhamento dos Grupos de Repressão ao Crime Organizado (Gaecos) é o compromisso do procurador Felipe Locke Cavalcanti. Um Ministério Público protagonista, defende o procurador Mário Papaterra Limongi. Em debate realizado nesta quinta, Rosa, Locke e Papaterra, candidatos a procurador-geral de Justiça, expuseram seus objetivos a cerca de 200 promotores. A eleição é neste sábado.
"Quero desenvolver duas metas principais: instalação de um conselho de políticas institucionais, integrado exclusivamente por promotores, e uma central de inteligência para atuação na área criminal e na concretização de direitos sociais, além de assegurar maior e melhor participação dos promotores nos processos decisórios internos", anunciou Elias Rosa, da situação.
"O Ministério Público não pode permanecer tão burocratizado", aponta Papaterra. "Isso não é retórica, é uma postura política. O MP é agente político, o procurador-geral é o nosso chanceler, precisa ser um agente político. Com a burocratização deixamos de ser agentes políticos e passamos a ser funcionários públicos. Quero um Ministério Público como o do tempo em que criou situações que incomodaram grandes políticos e se fez respeitar."
"Há falta de promotorias e de perspectivas de cargos", argumenta Locke. "O promotor tem de ter autonomia e independência. A instituição não está pacificada, há destituições em Gaecos sem explicação. Temos de recuperar nosso orçamento, que caiu de 1,2% da receita corrente líquida para 0,97%, enquanto o do Judiciário foi de 4% para 4,7%."
"Não existe aparelhamento dos Gaecos", rebateu Elias Rosa. "No passado, o procurador-geral escolhia livremente os integrantes (dos Gaecos). Hoje os próprios promotores se inscrevem e o procurador-geral escolhe. Meu compromisso é com a lealdade, a busca de uma gestão orçamentária que mostre resultados. Jamais trairei a confiança dos meus colegas."
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