Há seis dias da eleição que escolherá o próximo presidente da Câmara dos Deputados, os três candidatos estão empenhados em fazer ligações para os deputados e conquistar ou garantir o voto prometido. O atual presidente, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), desde esta sexta-feira em Brasília, tem mantido contatos telefônicos. O candidato tucano Gustavo Fruet (PR), cuja candidatura é apoiada por um grupo suprapartidário, já saiu do Rio de Janeiro e está a caminho de Brasília.

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Fruet usará o gabinete da liderança do PPS, partido que declarou oficialmente apoio à ele, como base de sua campanha. Ele pretende fazer ainda neste sábado ligações para deputados e intensificá-las a partir deste domingo. O petista Arlindo Chinaglia (SP) está em São Paulo e deverá chegar em Brasília amanhã pela manhã. Além de contatos com os deputados, os três candidatos se preparam para participar do debate - que acontecerá na manhã de segunda-feira - promovido pela TV Câmara.

Temendo o fantasma do empresário mineiro Marcos Valério, que trabalhou ativamente nas campanhas da Casa de 2003 e 2005, os três candidatos resolveram fazer uma campanha sóbria. O exemplo mais concreto foi a campanha de Chinaglia. Orçados inicialmente em R$ 200 mil, os custos já caíram à metade.

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Preocupado com a possibilidade do surgimento de um novo escândalo envolvendo o seu partido, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou o PT para que não transformasse a disputa numa campanha muito cara e que levasse o partido a ser obrigado a dar explicações sobre os gastos.

No custo da campanha também estarão incluídos gastos com assessoria de imprensa, despesas como a impressão e distribuição de material, caso da carta com os compromissos do petista.

Aldo usou na última sexta-feira uma passagem para participar de um debate em São Paulo. Fora isso, deve ter poucos custos. Até o momento foram gastos R$ 1.300 com adesivos, R$ 94 com papel para enviar carta e R$ 130 com Correios.

A mesma linha é adotada por Fruet. Suas despesas são bancadas pelo diretório do PSDB do Paraná. Segundo ele, até o momento, o maior gasto foi com o uso de um jatinho no trajeto São Paulo-João Pessoa-Recife, orçado em R$ 20 mil. Ele estima que também já gastou em hospedagem R$ 1 mil, além de R$ 2 mil para a confecção de 500 cartazes em preto e branco.

- Essa não é uma campanha de volume de propaganda. O importante é o debate público. O que houve no passado foi distorção - observou Fruet.

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