Os integrantes da comissão da Assembleia Legislativa que sabatina os concorrentes à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas (TC) passaram por uma saia-justa ontem, segundo dia em que os candidatos foram ouvidos. Os dois últimos candidatos a falarem, Tarso Cabral Violin e Rubens Hering, questionaram o sistema de escolha para conselheiro.
Violin defendeu que o conselheiro saia de uma listra tríplice encaminhada por segmentos profissionais com nomes competentes para ocupar cargo. O concorrente também levou uma certidão negativa do Ministério Público (MP). "Trouxe para mostrar que sou ficha-limpa, acho que vocês deveriam verificar o mesmo com os outros candidatos", disse, alfinetando os dois candidatos que são deputados Fabio Camargo (PTB) e Plauto Miró (DEM) ambos são alvo de procedimentos investigatórios no MP.
Hering, por sua vez, disse que a nomeação de deputados para o cargo de conselheiro contamina o trabalho do Tribunal de Contas. "O deputado estadual tem suas bases junto aos prefeitos e vereadores que ele, enquanto conselheiro, precisa fiscalizar. Acho que deputado não deveria nem sequer ser candidato", disse Hering.
Público
Um dos favoritos na disputa, o deputado Plauto Miró foi ouvido ontem pela comissão. No entanto, apesar de aberta ao público, a sabatina de Miró não pôde ser acompanhada pelos cidadãos. Isso porque, antes do início da sabatina, funcionários da Casa tomaram a pequena sala onde estão sendo ouvidos os concorrentes. Só depois do parlamentar falar, a sala começou a ser esvaziada.
Mesmo com espaço, manifestantes que queriam entrar com cartazes na sala da comissão foram barrados na porta. Eles só puderam assistir à sabatina depois de deixar as placas do lado de fora.
Hoje o deputado do DEM fala no plenário da Assembleia sobre a sua candidatura ao Tribunal de Contas. Assim como ele, os outros concorrentes ouvidos ontem também poderão usar a tribuna para defender a sua candidatura.
Na tarde de ontem, os candidatos que foram sabatinados na segunda-feira discursaram no plenário. O deputado Fabio Camargo foi um dos que falou. Ele usou o espaço para defender a validade da candidatura de um parlamentar para o cargo e disse esperar que a disputa ocorra dentro da normalidade.
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