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Embora os políticos sempre gostem de falar em renovação e em coerência, a formação das chapas e o histórico dos candidatos em Curitiba mostra que a maior parte dos concorrentes na disputa são velhos conhecidos não só da população - se conhecem muito bem entre si, e em alguns casos mudaram de lado várias vezes antes de chegar aonde estão hoje.

A briga mais pesada neste início de eleição tem sido entre Rafael Greca (PMN) e Gustavo Fruet (PDT). Os dois têm histórias que se inverteram nos últimos anos: Greca era um crítico feroz do grupo de Beto Richa, e estava associado a Roberto Requião. Fruet, que começou a carreira no PMDB de Requião, estava recentemente ao lado de Richa. Saiu de lá para ser candidato a prefeito.

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Os dois também têm um histórico longo entre eles. Greca se elegeu prefeito em 1992 numa disputa contra o pai de Fruet, Maurício, que terminou a eleição em segundo lugar, quase conseguindo forçar um segundo turno contra o grupo de Greca e Lerner (hoje Lerner e Greca não querem nem ouvir falar um do outro).

Na eleição de 1992, os dois (Maurício Fruet e Rafael Greca) viram chegar em terceiro lugar Luciano Pizzatto, hoje candidato novamente pelo PRTB. Pizzatto é outro que esteve ligado a Richa - foi presidente da Compagás no primeiro mandato do governador.

Greca também esteve ao lado de Requião pai e Requião Filho em 2012. Na época, o grupo combatia Luciano Ducci (PSB), que hoje está na campanha de Rafael Greca. A ligação de Greca com Requião surgiu em 2002 quando o ex-prefeito migrou para o PMDB por ter sido preterido por Jaime Lerner na hora de escolher o candidato ao governo pelo grupo. Quem Lerner escolheu? O jovem Beto Richa, hoje principal fiador da campanha de Greca.

Voltando uma geração, as ligações entre os grupos ficam ainda mais complexas. O pai de Richa, o governador José Richa, foi quem nomeou Maurício Fruet prefeito de Curitiba. Ajudou a eleger Requião em 1985. E o grupo tinha como principal adversário Jaime Lerner, na época patrono de Greca.

Ney Leprevost (PSD), que hoje concorre como sendo oposição a Richa (e a Greca),foi colega de Greca no grupo de Jaime Lerner nos anos 1990 - começou a carreira como secretário de Turismo de Lerner. Depois foi base de Richa na Assembleia.

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Maria Victoria (PP) é filha de Ricardo Barros, ministro de um governo do PMDB (o partido de Requião). Na Assembleia, está na base de Beto Richa, de quem sua mãe, Cida Borghetti, é vice-governadora. E seu partido, o PP, foi base de Fruet nos últimos quatro anos. Agora ela disputa a eleição contra os três grupos.

Tadeu Veneri (PT) foi base de Requião na Assembleia. Esteve na coligação que elegeu Gustavo Fruet. E agora concorre contra Fruet e Requião Filho.

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