Os três candidatos que ocupam os primeiros lugares nas pesquisas de intenção de voto, Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), vão aproveitar o início da fase de campanha oficial para intensificar o contato direto com o eleitor. A campanha oficial começa nesta terça-feira (6), enquanto o horário eleitoral na TV e no rádio só tem início no dia 17 de agosto.
Na campanha de Dilma, a ordem é "colocar a candidata na rua". O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), envolvido na coordenação da campanha, afirma que a intenção é fazer eventos em que Dilma possa ter contato direto com os eleitores, o chamado "corpo a corpo".
"Agora é campanha de verdade. Ela vai ter atividade de rua, encontro com as pessoas e pedir voto. A campanha vai ser feita na rua", afirmou Vaccarezza.
O líder do governo afirmou que a intenção é fazer com que a candidata visite todas as regiões do Brasil antes do início do horário eleitoral gratuito.
Nesta terça, Dilma abre a fase oficial de campanha com uma caminhada em Porto Alegre. Ela vai almoçar também no Mercado Público da cidade. Na quarta-feira, Dilma deverá ter novas atividades de rua em São Paulo (SP) e São José do Rio Preto (SP).
O vice de Dilma, Michel Temer (PMDB-SP), deverá ficar mais "preso" em Brasília nessas duas próximas semanas, segundo sua assessoria. Temer é presidente da Câmara e o recesso da Casa só começará no dia 18 de julho. Até lá, a presença dele em eventos abertos e ao lado da candidata só deve acontecer nos finais de semana.
Apesar disso, Temer continuará fazer a articulação política. Nesta semana, por exemplo, deverá ter um jantar com deputados do PTB, partido que declarou apoio formal a José Serra (PSDB), mas que faz parte da base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Serra, por sua vez, vai começar a campanha em Curitiba (PR). O candidato tucano vai fazer uma caminhada pela rua XV de Novembro, no centro da capital paranaense. No período da tarde, o tucano visitará obras sociais no bairro Parolin e participará de um evento onde deve assinar um documento sobre políticas de assistência social.
O G1 tentou contato com o coordenador de campanha e presidente do PSDB, Sérgio Guerra, com a vice-presidente do PSDB, Marisa Serrano, e o coordenador do programa de governo do candidato, Xico Graziano, para que comentassem o início da campanha.
Guerra e Marisa não atenderam as ligações. Graziano disse que não seria o mais indicado para falar sobre o tema. A assessoria de Serra também não se pronunciou. Falando sobre o tema no mês passado, Guerra destacou que o foco dessa fase seria o contato direto com as pessoas e a mídia regional, onde o espaço seria maior.
A candidata do PV, Marina Silva, vai atrás de exposição na mídia, mas valoriza também o contato com o eleitor. Um dos coordenadores da campanha, Marco Antonio Mroz, destaca que a intenção é usar o "efeito multiplicador" das aparições de Marina.
"Vamos fazer pequenas aparições em lugares, mais na rua mesmo, para criar o que se chama de 'bochicho' nos lugares. Quando o candidato passa na rua, numa rodoviária, num local aberto, a gente cria um efeito multiplicador. E vamos armar as coisas antes para ter a cobertura da imprensa para ampliar o público", disse Marco Antonio ao G1.
Faz parte da estratégia uma "campanha paralela" do vice, Guilherme Leal. A intenção é fazer com que Leal tenha uma agenda diferente da de Marina na maior parte do tempo, para maximizar a mensagem da candidatura. Nesta terça-feira (6), Marina Silva deve participar de eventos em São Paulo, segundo sua assessoria, mas a agenda não havia sido definida até as 22h30.
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