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O adiamento por 24 horas para o prazo final de filiação para aqueles que vão concorrer em 2006 deu mais uma chance para os políticos que ainda pretendem mudar de partido. Os dirigentes das legendas passam o dia fazendo peregrinação pelo estado para atrair nomes para compor as chapas. Os dois maiores partidos do estado, PSDB e PMDB, deixaram para hoje somente uma última "surpresa".

Se as filiações se confirmarem, o PP fica sem bancada na Assembléia Legislativa. Na quinta-feira, dois dos quatro deputados estaduais que pertenciam ao partido foram para o PMDB – Geraldo Cartário e César Seleme. Os outros dois, Cida Borghetti e Duílio Genari eram disputados por outras siglas.

Os tucanos não revelam o nome, mas tudo indica que ainda esperam pela deputada estadual Cida Borghetti, que também está sendo disputada pelo PFL. No entanto, até a noite de ontem a deputada não havia se decidido. Reunida com o grupo político e o marido, o deputado federal Ricardo Barros (PP), as alternativas estavam sendo analisadas, inclusive a de permanecer no PP.

Os peemedebistas não falam no nome de Duílio Genari, afirmam que ainda negociavam com um parlamentar, mas tudo indicava que era o deputado do PP. Além dele, a cúpula do PMDB comemorava a bancada recorde que conseguiram na Assembléia Legislativa, saltando dos 8 eleitos em 2002 para 15. Desde o começo da legislatura, migraram para a sigla do governador Cleiton Kielse e Rafael Greca, que eram do PFL; José Maria Correia, do PDT; Mauro Moraes, do PL; e Geraldo Cartário do PP.

O PMDB também recebeu a adesão de dezenas de prefeito, do ano passado para cá, saltando de121 para mais de 150 municípios nas mãos de peemedebistas. O último deles foi o de Araucária, Olizandro Ferreira, que deixou o PSDB. O partido investiu também em lideranças religiosas, como o ex-deputado Fernando Guimarães, que era do PPS. Ele será o "candidato oficial da Igreja do Evangelho Quadrangular", em substituição a Aílton Araújo, que trocou recentemente o PTB pelo PPS.

Do lado tucano, de acordo com o presidente estadual da legenda, deputado Valdir Rossoni, o movimento foi contrário: o de tentar segurar seus parlamentares, "diante das investidas do governo para levá-los para o PMDB". Rossoni afirma que o trabalho de filiações foi feito ao longo dos últimos anos e que não houve a necessidade de correr atrás de novas filiações de última hora. "O mais importante é que não perdemos lideranças de qualidade e temos excelentes nomes para compor as chapas", disse Rossoni.

A crise em Brasília reduziu as bancadas de partidos envolvidos como o PP, o PL e o PTB. O PL perdeu dois de seus três deputados estaduais, com as saídas de Mauro Moraes para o PMDB e de Edson Praczyk para o recém-criado PMR, acompanhando outros integrantes da Igreja Universal do Reino de Deus. O PTB acabou o prazo com dois deputados. Até os últimos dias estava apenas com Carlos Simões, mas recebeu de volta Jocelito Canto, que tinha deixado a legenda no primeiro semestre, mas ontem, em Ponta Grossa, refiliou-se atendendo a pedido do presidente nacional da sigla, Flávio Martinez.

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