Assediado por PT e PSDB para fechar aliança na disputa pela prefeitura de Curitiba, o deputado federal Ratinho Jr. (PSC) garantiu ontem que sua candidatura a prefeito da capital não tem volta e que não vai se curvar a nenhum partido. Provável candidato apoiado pelo PT, porém, o ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT) afirmou que ainda pretende buscar um acordo com Ratinho Jr. nos próximos meses.
Ratinho Jr. e Fruet estiveram juntos ontem, em Curitiba, num evento da Associação Comercial do Paraná (ACP) em homenagem à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), pelo Dia Internacional da Mulher. A presença do parlamentar do PSC ao lado de Fruet aumentou os rumores de uma eventual aliança entre eles no pleito de outubro. O episódio se somou à recente nomeação do presidente do PSC de Curitiba, Borges dos Reis, para a Diretoria de Políticas de Acessibilidade do Ministério das Cidades. "Foi uma indicação nacional do PSC, já que ele é uma das pessoas que mais entende da área no país", afirmou o deputado.
Ao mesmo tempo, entretanto, Ratinho Jr. teve de dar explicações sobre a visita do pai, o apresentar Ratinho, ao governador Beto Richa (PSDB) na última segunda-feira. Na oportunidade, teria sido tratada a formação de uma aliança com o atual prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB), que é apoiado por Richa e busca a reeleição. "Eles apenas discutiram um projeto do Grupo Massa [cujo proprietário é Ratinho] de repovoamento dos rios do estado, com o resgate de peixes nativos", garantiu.
Ao comentar esses últimos episódios, Ratinho Jr. disse que, apesar de ter bom trânsito nos dois lados que o querem como aliado, vai até o fim na eleição deste ano. "A minha candidatura está colocada e não tem volta", declarou. Segundo o parlamentar, ele já teria o apoio de PCdoB, PR, PTdoB e PHS, e estaria muito perto fechar com o PV. "Não sou um candidato aventureiro. Isso já me dá pelo menos cinco minutos de TV. Serei uma opção independente e não vou me curvar a outros partidos."
Aliança
Por outro lado, Fruet declarou que "lá na frente" vai estabelecer um diálogo com Ratinho Jr. para a costura de uma aliança. O ex-deputado federal revelou ainda que pretende buscar o apoio de PV e PCdoB.
Questionado sobre o aliado mais forte que pode ter na eleição para prefeito de Curitiba, o PT, Fruet afirmou que respeita a decisão da legenda de discutir internamente os rumos da disputa e só decidir no fim de abril se o apoia ou lança candidato próprio. "Esse debate tem de ser incentivado. São variáveis que só serão definidas no prazo final."
O PT tem três pré-candidatos a prefeito na capital: o deputado estadual Tadeu Veneri e os federais Dr. Rosinha e Angelo Vanhoni. "O PT é um partido que, historicamente, debate todos os seus temas, para que depois de decidido os filiados se engajem na campanha. Mas há uma maioria tendendo para aliança, e é possível considerar essa hipótese como algo bastante provável", disse o deputado federal petista André Vargas, um dos principais articuladores da aliança com Fruet.
PT apresenta novo “PL da Censura” para regular redes após crescimento da direita nas urnas
Janjapalooza terá apoio de estatais e “cachês simbólicos” devem somar R$ 900 mil
Não há inflação baixa sem controle de gastos: Banco Central repete alerta a Lula
De 6×1 a 4×3: PEC da redução de jornada é populista e pode ser “armadilha” para o emprego