Ministros e alguns dirigentes do PT descartam a possibilidade da legenda definir nesta quinta-feira (13) o nome que o partido apoiará para na disputa à presidência da Câmara, ocupada até o dia 1º de fevereiro por Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Apesar disso, na reunião da bancada do partido, na Câmara, que ocorre à porta fechada, em Brasília, alguns parlamentares insistem em discutir o assunto e chegam a apresentar sugestões.
Do lado de fora, líderes tentam minimizar o assunto e evitam citar nomes. A indicação está nas mãos de uma comissão integrada por José Guimarães (CE), Marco Maia (RS), o primeiro vice-presidente, Arlindo Chinaglia (SP), e o líder do PT, Vicentinho (SP). Maia, que era um dos nomes apontados como provável candidato da legenda, não está na reunião e enviou uma carta descartando o interesse em disputar a vaga.
Chinaglia admitiu que o assunto está sendo tratado por alguns petistas, mas disse que a indicação não deve ser divulgada nesta quinta. Para ele, a fase é de sondagem mesmo diante da candidatura já anunciada pelo peemedebista Eduardo Cunha (RJ), que tem se debruçado em uma forte articulação com partidos de oposição e alguns parlamentares da base insatisfeitos com o governo. "Acho que o PT não tem que se orientar por nenhuma outra candidatura, tem que respeitá-las, mas temos que trabalhar para ver qual o melhor nome", ponderou.
Segundo ele, não há prazo para uma decisão e sequer uma certeza de que o PT terá um nome próprio para a disputa. "Se um conjunto de partidos, a gente entender que tem nomes melhores em outras bancadas, não há nenhum problema. Nós topamos fazer este tipo de acordo", disse.
Vicentinho mostrou outra versão e afirmou, categoricamente, que terá um nome do partido na disputa. "A definição é que vamos indicar um nome. Sem pressa, com a cautela necessária", disse, descartando qualquer possibilidade de abrir mão da candidatura ainda que o PMDB opte por não apoiar Cunha e lance outro nome.
Se discordam em relação a isso, os dois petistas concordam que hoje não seria o dia para uma decisão e que o candidato terá que passar por uma fase de negociação com outras legendas antes de se confirmar como nome certo do PT. "É o nome para ser apresentado para outros partidos da base e da oposição. Nossa responsabilidade é grande", ressaltou.